segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Palmeiras vence e conquista título Brasileiro após jejum de 22 anos

O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1960, 1967 (Taça Brasil), 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 e, agora, 2016, pela primeira vez na era dos pontos corridos, encerrando um jejum de 22 anos. Quem ergueu a taça história foi o capitão Dudu.
O Palmeiras mostrou que de fato é campeão na tarde deste domingo. Com a vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, alcançada no estádio Palestra Itália, o time alviverde garante o título brasileiro de maneira antecipada, encerrando um jejum de 22 anos.
Protagonista de uma campanha com 23 vitórias, oito empates e seis derrotas, o Palmeiras tem 77 pontos em 37 jogos e não pode mais ser alcançado. Às 17 horas (de Brasília) de domingo, no Barradão, o time que sabe ser brasileiro se despede contra o Vitória. Já a Chapecoense, nona com 52 pontos, recebe o Atlético-MG no mesmo horário.
Precisando apenas de um empate para ser campeão antecipado diante da torcida que canta e vibra, o Palmeiras levou de vencida com um gol do lateral Fabiano. A equipe palestrina não conquistava o Campeonato Brasileiro desde a temporada de 1994.
O título alcançado neste domingo é o segundo desde a reabertura do Estádio Palestra Itália, palco da Copa do Brasil 2015. Dono de 13 conquistas nacionais, o Palmeiras amplia a vantagem no quesito sobre Santos e Corinthians, empatados com nove. Pelos critérios da CBF, o Alviverde ainda passa a ser o único eneacampeão brasileiro.
Mostrando que sabe bem o que vem pela frente, Cuca previu que o Palmeiras ganharia o Brasileiro ainda em abril, logo após cair na semifinal do Campeonato Paulista. O técnico, vice estadual como jogador em 1992, finalmente ganha uma faixa de campeão pelo time do coração.
Gabriel Jesus, artilheiro da linha atacante de raça, disputou sua última partida com a camisa do Palmeiras no Palestra Itália antes da transferência para o Manchester City. O jovem de 19 anos, formado nas categorias de base, participou de apenas 35 partidas no estádio.
O Jogo – Empurrado por 40.986 pessoas em seu estádio, um recorde, e incontáveis nos arredores da arena, o Alviverde surgiu imponente para a luta no gramado e trajado com meias brancas ao invés das tradicionais verdes. A tradição, iniciada pelo time campeão paulista em 1993, capaz de transformar lealdade em padrão, funcionou novamente.
Aos 25 minutos do primeiro tempo, no ardor da partida, o Palmeiras abriu o placar em cobrança ensaiada de falta. Zé Roberto recebeu de Dudu e mandou rasteiro para a entrada da área. Após corta-luz de Gabriel Jesus, Moisés tocou de letra e Fabiano finalizou por cobertura para marcar seu primeiro gol pelo clube.
O supersticioso técnico Cuca, trajado com a habitual calça vinho, correu na lateral do gramado para festejar o gol. Durante o primeiro tempo, o Palmeiras dominou as ações e criou chances para ampliar, especialmente com Gabriel Jesus, mas não conseguiu convertê-las.
O time da casa manteve a superioridade durante a etapa complementar. O preciosismo no campo de ataque, porém, impediu a marcação do segundo gol. A torcida, em número recorde no Estádio Palestra Itália, passou a cantar que o Porco seria campeão, mais uma vez.
A defesa que ninguém passa, a menos vazada do Campeonato Brasileiro, não sofreu grandes riscos. Fernando Prass, afastado por lesão desde julho, substituiu Jailson nos minutos derradeiros. Ao final da partida, ostentando a sua fibra, o Alviverde inteiro pôde finalmente soltar o grito de campeão.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 CHAPECOENSE
Local: estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 27 de novembro de 2016, domingo
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Alexandre A Pruinelli Kleiniche (RS)
Público: 40.986 torcedores
Renda: R$ 4.171.317,26
Cartões amarelos: Fabiano (Palmeiras); Marcelo e Bruno Rangel (Chapecoense)
Gol:
PALMEIRAS: Fabiano, aos 25 minutos do primeiro tempo
PALMEIRAS: Jailson (Fernando Prass); Fabiano (Gabriel), Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Thiago Santos), Jean e Moisés; Dudu, Róger Guedes e Gabriel Jesus
Técnico: Cuca
CHAPECOENSE: Danilo; Gimenez, Marcelo, Filipe Machado e Alan Ruschel; Matheus Biteco, Cleber Santana (Gil), Sérgio Manoel, Tiaguinho (Ailton Canela) e Lucas Gomes; Bruno Rangel (Kempes)
Técnico: Caio Júnior

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