quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Arapoti, Braz faz pedido de viaturas e mais policiais para reforçar a segurança pública na cidade

Segurança pública é, com certeza, um assunto desafiador para todos os gestores e não é apenas pelo aumento da criminalidade, mas o número reduzido de policiais e viaturas nas ruas.
Algumas companhias militares chegam a atender seis municípios de pequeno porte, com menos de um veículo por cidade. O destacamento de Arapoti, foge a regra por atender apenas um município, mas se tratando de um lugar com quase 30 mil habitantes, a defasagem é exorbitante tanto de pessoal quanto de equipamentos. A situação não divulgada institucionalmente, mas relatada pela população é de que são menos de dez efetivos para proteger milhares de pessoas, número muito inferior ao mínimo necessário.
A situação de veículos é ainda mais preocupante, segundo populares que acompanham o trabalho dos policias militares são apenas duas viaturas, que além de estarem em situação precária estão sendo revezadas entre si por motivo de manutenção.
CRESCIMENTO POPULACIONAL
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população do município de Arapoti cresceu mais de 30% nos últimos dez anos, porém a estrutura da segurança pública não acompanhou esse crescimento e continuou estagnada.
De acordo com um comparativo feito pela Folha Extra, o efetivo policial de Arapoti (com mais de 27 mil habitantes) conta com o mesmo número de policiais que atuam em municípios muito menores, como Santana do Itararé e São José da Boa Vista. Essa informação complementa o fato de que a expansão populacional repentina não equiparado a necessidade de aumento no policiamento criou um abismo entre o ideal e o que está sendo aplicado.
Uma recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu a quantidade remendada de policiais para cada habitante. O número ideal era de um policial para cada 250 habitantes. Estimativa que não conseguiria ser cumprida em nenhum estado brasileiro sem que houvesse uma reformulação efetiva de políticas públicas.

ARAPOTI
Em Arapoti além do número não chegar nem perto da recomendação da ONU, a reinvindicação do prefeito Braz Rizzi (DEM) junto ao Governo do Estado não pede o que seria “ideal”, mas sim um número de efetivos e viaturas justo para atender a população.
A Polícia Militar do município atende mais dois distritos de tamanhos consideráveis e distantes de Arapoti, Calógeras e Caratuva; além de bairros rurais também atendidos pela equipe militar.
A Polícia Civil do município se encontra na mesma situação, tanto na defasagem de servidores quanto na falta de equipamentos para subsidiar o trabalho. Situações que têm motivado os pedidos do prefeito Braz desde o início do primeiro mandado em 2012, solicitando mais viaturas e policiais.
Um ofício enviado ao deputado estadual Paluto Miró (DEM) faz o requerimento de dois agentes penitenciários para auxiliar a Polícia Civil, através do qual também pediu que o Estado assumisse o Departamento Penitenciário. “O trabalho de cuidar dos detentos não pode continuar nas mãos da Polícia Civil, eles tem outras atribuições para cumprir, problema que queremos solucionar com a vinda dos agentes penitenciários”, explica Braz.
Para melhorar e ampliar a atuação da Polícia Militar, o prefeito solicitou mais duas viaturas e mais dois policiais para reforçar o quadro efetivo e segundo ele, dar uma resposta mais severa contra a criminalidade que teve aumento significativo justificado também, pela elevação populacional.
O documento de requisição também foi enviado ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita de Oliveira.
“Esperamos que nosso pedido seja atendido, pois sabemos que os policiais tem tido que se desdobrar para manter a cidade em ordem e estamos pedindo tudo que está ao nosso alcance”, conclui Braz.
GOVERNO DO ESTADO
Na última terça-feira (31) o governador Beto Richa (PSDB) convocou 163 policiais militares que são suplentes do concurso de 2012 para iniciarem, nas próximas semanas, o Curso de Formação de Soldados, que dura em torno de um ano.

Colaboração Folha extra

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