domingo, 30 de abril de 2017

Fiscal foi assassinado por investigar irregularidades em postos, afirma polícia

O assassinato do empresário Fabrizzio Machado da Silva foi motivado por sua atuação na fiscalização de irregularidades em postos de combustíveis. Esta é a conclusão das investigações, divulgada pela Polícia Civil do Paraná durante a apresentação dos três suspeitos presos temporariamente por envolvimento no homicídio.
O proprietário de quatro postos de combustível em Curitiba e Região Metropoliana, Onildo Chaves de Cordova II, 36, é apontado como o mandante do crime. De acordo com as investigações, ele cometia fraudes em seus estabelecimentos e chegou a ficar preso durante cinco dias devido à Operação Pane Seca.
Os outros presos são Patrick Jurczysin Leandro, 30, apontado como o atirador, e Ronei Dulciano Rodrigues, 25, que teria ajudado com os preparativos da ação.
“Em parte o crime está solucionado”, comentou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita. “Nesse primeiro momento, o que se tem, o motivo é o trabalho feito pelo Fabrizzio na fiscalização de fraudes contra combustíveis. O mandante é um dono de posto de combustível, que também estava sendo investigado pela Operação Pane Seca”. De acordo com o secretário “este é o primeiro vínculo concreto entre a morte do fiscal e a operação”.

Investigações

“São provas técnicas, os carros deixaram vestígios, temos depoimentos fortes, acompanhamento de pagamentos que foram feitos, triangulação de localização, que levam a polícia a ter plena convicção”, disse o secretário.
Mesquita ainda destacou que as investigações continuam e não está descartado o vazamento de informações sobre a atuação de Fabrizzio. “Com certeza novas informações vão partir dos depoimentos e das perícias e pode ser que haja nova implicações que tragam relação com a Operação Pane Seca”.
De acordo com a polícia, diversas ligações foram feitas ao Disque Denúncia e ajudaram na localização dos suspeitos. Patrick recebeu R$ 21 mil em duas vezes. A primeira parcela foi de R$ 5 mil para a compra do automóvel – um Sandero vermelho que foi roubado em Fazenda Rio Grande – e um revólver. Os R$ 16 mil restantes foram pagos depois do crime.
Além disso, 12 dias antes do crime Patrick e Ronei foram detidos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas foram liberados após o pagamento de fiança.

Prisões

Partrick foi preso na última quinta-feira (27), no bairro Tatuquara. Ele desobedeceu a ordem de parar o carro que conduzia e bateu o veículo contra um ônibus. Ronei foi preso na Ceasa, enquanto trabalhava, e Onildo foi localizado pelos policiais em um flat no bairro Batel.
A polícia vai solicitar à Justiça que a prisão temporária se torne prisão preventiva. Os três vão responder por homicídio qualificado mediante emboscada e sem possibilidade de defesa da vítima, e podem cumprir de 15 a 30 anos de prisão.

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