Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de
Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse ainda que o delegado responsável
pela ação deveria lhe pedir desculpas.
Na manhã desta terça-feira, o delegado da Polícia
Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, alegando
ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço.
Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que autorizou a
ação, Marta Pistelli, afirmou depois que o pedido da Polícia Civil não
identificava nome do morador e que policiais foram a dois endereços, quando ela
havia autorizado só um.
"Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu.
Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a
hombridade, de pedir desculpas", discursou Lula.
E perguntou: "Até quando eles vão me perseguir?"
O ex-presidente afirmou que "fazem uma confusão"
para evitar sua candidatura à Presidência. Ele lembrou a operação realizada em
sua própria casa para dizer que reviraram o colchão onde dorme. Mas não encontraram
provas contra ele.
"Quero provas. Sou investigado há três anos. Já
encontraram dinheiro do Aécio, do Serra, do Geddel, do Temer. Quero ver que
eles encontrem dinheiro. Já invadiram a minha casa, a casa dos meus filhos.
Todos eles com a máquina fotográfica no peito. Levantaram o colchão onde eu
durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam
ter a humildade de pedir desculpas ao Lula e ao povo brasileiro."
Ao lado de seu preferido para a disputa pelo governo de São
Paulo, o ex-ministro Luiz Marinho, Lula disse ainda que se dedicará à eleição
em São Paulo. Ele criticou o prefeito João Doria e os tucanos.
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