terça-feira, 3 de abril de 2018

Arapoti, operação apura desvios de mais de R$ 306 mil em safras de colégio agrícola

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (3),

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) deflagrou, na manhã desta terça-feira (3) em Arapoti, uma operação que investiga o desvio de mais de R$ 306 mil em safras de milho, de soja e de eucalipto plantadas no colégio agrícola da cidade desde 2015.
A operação foi batizada de Usurpador. Ainda conforme o MP, está sendo apurada a existência de uma organização criminosa constituída por servidores do colégio agrícola, familiares deles e empresários da cidade.
A investigação do MP aponta que o lucro da venda dessas safras pode ter sido desviado pelo diretor do colégio agrícola. De acordo com asinvestigações, a venda das sacas de milho e soja, das safras de 2015, e os valores da venda dos cortes de eucalipto, de 2016, não foram repassados aos cofres públicos.
A promotoria também apura a suspeita de que o diretor e um técnico do colégio agrícola abasteciam carros particulares com um cartão corporativo do Governo do Estado. Esse cartão deveria ser utilizado para abastecer carros oficiais, de uso exclusivo do colégio agrícola.

Nesta manhã, cerca de 30 policiais militares em sete viaturas cumprem mandados de busca e apreensão no colégio agrícola; em uma empresa de comércio de grãos, a Agropantanal; em um posto de combustíveis; e nas casa do diretor e de um técnico do colégio agrícola.
Uma equipe de informática do Centro de Apoio Técnico à Execução também auxilia nas buscas nos computadores.
De acordo com o MP, os investigados podem responder por falsidade ideológica, fraude à licitação, peculato e outros crimes.
O outro lado
A direção do Centro Estadual de Educação Profissional de Arapoti (CEEP Arapoti) emitiu uma nota na qual declara apoio incondicional à operação deflagrada pelo Ministério Público e coloca-se à disposição para os esclarecimentos necessários.
"No entanto, ressalta a inexistência de qualquer irregularidade na gestão e administração desta instituição de ensino, o que será demonstrado na instrução do feito", informa a nota.
Também por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed) informou que as denúncias envolvendo o colégio agrícola de Arapoti já são de conhecimento da Secretaria de Estado da Educação e estão sendo investigadas.
"O Núcleo Regional de Educação de Wenceslau Braz abriu sindicância para averiguar as denúncias no final de 2017 sobre a compra de sementes para plantação de milho e soja na área do colégio, que culminou com um processo administrativo que está em andamento", diz o texto.
A Secretaria informa, ainda, que tem atuado em consonância com o Ministério Público e está trabalhando no afastamento do diretor, até que todas as denúncias sejam averiguadas.
Por fim, a Seed esclareceu que os fatos denunciados e as providências tomadas não trarão contratempo às aulas, que continuam normalmente na instituição.

A Agropantanal também se posicionou por meio de nota e disse que a relação da empresa com o colégio agrícola é restrita à comercialização de grãos e insumos agrícolas.
"A Agropantanal esclarece que não tem qualquer relação com as investigações que envolvem o Colégio Agrícola de Arapoti", diz a nota.
A nota afirma que a empresa está comprometida com a lisura em todas as relações comerciais e reafirma não possuir qualquer relação com a instituição de ensino além da venda de
Por fim, a Agropantanal ressalta o seu comprometimento com a lisura em todas as relações comerciais, e reafirma não possuir qualquer relação com a entidade acima mencionada, exceto a venda de grãos e insumos agrícolas, e que permanece à disposição das autoridades para contribuir sempre que necessário.

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