Onze cidades podem decretar situação de emergência

De acordo com a PRE, dois trechos de rodovias estaduais permanecem bloqueados no Norte Pioneiro

A Ponte Pênsil Alves Lima chegou a ser interditada por conta do aumento da vazão no Rio Paranapanema

O número de municípios em situação de emergência em razão das fortes chuvas que atingiram toda a Região Sul do País na semana passada pode chegar a 11 no Norte Pioneiro, segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Conforme o levantamento parcial divulgado pelo órgão na segunda-feira, quatro cidades já decretaram situação de emergência na região.
Em Siqueira Campos, a prefeitura informou que os prejuízos causados pelas chuvas já ultrapassaram os R$ 3 milhões. Os estragos foram registrados nas áreas urbana e rural da cidade. No bairro rural Saltinho, conforme o Departamento Municipal de Obras, parte de um morro desmoronou e o alerta aos moradores da localidade para o risco de novos deslizamentos de terra está mantido pela prefeitura.
Bandeirantes, São José da Boa Vista e Wenceslau Braz completam a relação dos municípios que já decretaram situação de emergência na região, porém, somente a Prefeitura de Wenceslau Braz divulgou os prejuízos contabilizados até o momento, R$ 1,5 milhão.
Tomazina, Jaboti, Pinhalão, Ribeirão Claro, Ibaiti, Santana do Itararé e Salto do Itararé ainda podem decretar situação de emergência, conforme informou a Defesa Civil. Os números ainda estão sendo atualizados pela coordenadoria estadual do órgão.
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), dois trechos de rodovias estaduais permanecem bloqueados no Norte Pioneiro. O Km 102 da PR-436 entre Bandeirantes e Itambaracá, onde a ponte sobre o Rio das Cinzas foi arrancada pela força das águas, e o km 250 da PR-092, em Wenceslau Braz, onde uma das pistas da rodovia desmoronou em razão de infiltrações no solo. Segundo a PRE, não há previsão para a conclusão das obras de manutenção nos trechos e os motoristas devem buscar rotas alternativas para seguir viagem.

PLANO DE AÇÃO
Em Ribeirão Claro, a prefeitura anunciou na semana passada o plano de ação para recuperar os estragos causados pelas chuvas nas últimas semanas. Os esforços da Secretaria de Obras e Secretaria de Assistência Social estão voltados para pontes e passagens danificadas pela chuva e famílias que moram em residências localizadas em áreas de risco. Como a Duke Energy aumentou a vazão das comportas para 2.023 metros cúbicos por segundo, a Ponte Pênsil Alves Lima chegou a ser interditada.
Áreas de risco, pontes, estradas do perímetro urbano e rurais estão sendo visitadas diariamente para monitorar a situação e atualizar o plano de ação atendido pelo órgão público em regime de máxima urgência. As famílias que moram em áreas de são atendidas com alimentos, agasalhos e cobertores. Segundo a secretária de Assistência Social, Regina Margareth Nogueira Fernandes, nenhum morador de locais considerados de risco aceitou abandonar as casas. Representantes das famílias assinaram um documento registrando a recusa em sair das residências, assumindo a responsabilidade por eventuais acidentes. "Estamos de sobreaviso aguardando uma resposta positiva dessas famílias para podermos encaminhá-las para o abrigo preparado para elas", informou.
O prefeito de Ribeirão Claro, Geraldo Maurício Araújo, garantiu que fará todos os reparos e obras para restaurar vias públicas, pontes e estradas rurais o mais rápido possível, mas pediu paciência da população devido ao grande volume de trabalho. "A Secretaria de Obras está visitando os locais comprometidos e elaborando um relatório para que possamos trabalhar com um cronograma de acordo com o grau de risco e prioridade", explicou. "Já foi autorizada a contratação de horas-máquina para agilizar os trabalhos e por isso pedimos a compreensão da comunidade", concluiu.