sábado, 23 de janeiro de 2016

Richa lança obra da nova Usina Figueira e destaca importância para a região

O governador Beto Richa e o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, lançaram, nesta quinta-feira, a pedra fundamental da obra da nova Usina Termelétrica de Figueira, no Norte Pioneiro do Paraná.

Com investimento de R$ 119 milhões, a usina da cidade será praticamente reconstruída, seguindo rígidas normas ambientais.

A usina, que opera desde 1963, se tornará mais moderna e mais eficiente. A ampliação da capacidade de geração, de 10,3 megawatts médios de energia para 17,4 megawatts médios, será obtida com o mesmo volume de carvão consumido hoje, de 6,5 toneladas mensais.

O governador ressaltou a importância econômica social do empreendimento. Figueira tem sua economia baseada na exploração da mina do carvão e a usina da Copel é a principal compradora. Os benefícios têm reflexos, também, nos municípios de Conselheiro Mairinck, Curiúva, Ibaiti, Jaboti, Pinhalão e Sapopema.

“Há algum tempo a população de Figueira e do Norte Pioneiro clama pela manutenção desta usina, pelos investimentos necessários para que a unidade continue gerando desenvolvimento para a região e oportunidades de emprego para muitas famílias”, disse o governador, ao lado do prefeito de Figueira, Valdir Garcia, de líderanças políticas da região, empresários e comunidade.

“O governo foi sensível a essa necessidade. Ainda mais neste momento de grave crise energética, pelo qual passa o Brasil, não tivemos dúvida em fazer o anúncio desse grande investimento da Copel na Usina de Figueira, que conta com novos conceitos ambientais”, disse ele.

SUSTENTAR A FAMÍLIA - O prefeito Valdir Garcia lembrou que se a usina não fosse modernizada até 2016, ela seria fechada, de acordo com resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica. “Graças ao empenho do Governo do Estado, foram investidos quase R$ 120 milhões para a modernização”, ressaltando a preocupação ambiental do projeto e sua importância para manter empregos e a economia do município.

Cleide Maria Gonçalves Angeleli, 47 anos, nascida e criada em Figueira, tem três filhos que trabalham na usina e uma filha que é professora. “A usina gera emprego para a nossa cidade, para as pessoas que precisam de trabalho para sustentar sua família”, disse ela, na solenidade. “Estamos muito felizes e queremos agradecer pelo fato de usina não acabar, por este momento. Se esta usina parasse, não saberíamos o que poderia acontecer com nossos filhos, se iriam embora”, declarou.

ALTA TECNOLOGIA - O presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, explicou que a usina hoje funciona hoje com 11 mil MW, em média, e vai passar a produzir com a mesma quantidade de carvão. “Essa energia está no Sistema Interligado Nacional e beneficia todo sistema elétrico brasileiro”, disse ele.

O presidente explicou que o empreendimento estará enquadrado nos critérios ambientais mais rígidos com relação à emissão de gases e particulados”, disse ele. Dois equipamentos instalados influenciam na forma da queima do carvão, o chamado leito fluidizado, que vai diminuir a emissão de gases. Também serão instalados o pressurizador eletrostático, que reduz significativamente a emissão de cinzas e partículas.

A nova Usina Figueira ganhará um novo circuito gerador completo. As duas caldeiras existentes serão substituídas por uma nova, que conta com tecnologia avançada (leito fluidizado borbulhante) e vai conferir maior rendimento à usina e garantir uma redução considerável na emissão de gases e partículas resultantes da queima do carvão. Isso permitirá a adequação da unidade às exigências da legislação ambiental. As estruturas civis também devem passar por uma reforma geral.

ÁRVORES NATIVAS – Na solenidade, o governador Beto Richa, o presidente da Copel e o prefeito Valdir Garcia plantaram mudas nativas oriundas de hortos florestais da Copel. Na solenidade, também foi enterrada uma “cápsula do tempo”, que deverá ser aberta daqui a 30 anos, e que contém documentos, como a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a obra, autorização do Instituto Ambiental do Paraná, detalhes do projeto, fotos do local e reportagens sobre a solenidade do início da obra.

PRESENÇAS - Participaram da solenidade o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion; o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o deputado estadual Pedro Lupion.

Box I

LINHA DE TRANSMISSÃO REDUZ RISCO DE DEFICIT DE ELETRICIDADE

Na mesma solenidade de lançamento da pedra fundamental da nova Usina Termelétrica Figueita, o governador Beto Richa também inaugurou a Linha de Transmissão Figueira-Londrina. O investimento da Copel foi de R$ 37 milhões. A linha opera em 230 mil volts e tem 92 km de extensão entre as subestações Figueira e Londrina.

Essa ampliação da chamada rede básica de transmissão de energia amplia a possibilidade de intercâmbio de energia entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, reduzindo o risco de déficit de eletricidade durante os períodos de seca nessas regiões. 
Fonte: AENoticias - Foto: Orlando Kissner/ANPr

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