quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Cambará recebe reforço do exército para combater o Aedes Aegypti

Desde agosto foram confirmados 178 casos de dengue. Município recebe nesta semana intervenção militar para orientar população

Dayse Miranda / Tribuna do Vale
Trinta e um homens do exército serão enviados a Cambará nesta terça-feira, 16, para ajudar no combate ao Aedes Aegypti – mosquito responsável pela transmissão das doenças: dengue, zica vírus e chikungunya. Mais uma vez a cidade enfrenta uma epidemia epidêmica de dengue. Desde agosto, são 178 casos confirmados entre os aproximadamente 25 mil habitantes. Entre o mês de janeiro e o último sábado, são 65 casos confirmados.  O exército vai atuar durante os dias 17 e 18 com a mesma finalidade que os agentes de endemias, fazendo visitas e orientações de serviço preventivo. O município ficará responsável pela alimentação e alojamento dos militares durante a atuação.

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde, Maria Angélica, o ano de 2015 encerrou com aproximadamente 360 casos confirmados da doença e que é preciso reduzir esse índice neste ano. Foram contratados 15 agentes de endemias temporários, além dos outros 10 fixos que fazem o serviço preventivo de rotina nos 13 mil imóveis. Os bairros de maior incidência do mosquito são Inês Panichi, Centro, Vila Rubi e Vila Santana. O índice de infestação mês de janeiro é de 3.54. “Acredito que com a vinda do exército a população passe a acreditar que esta é realmente uma batalha contra o mosquito e que precisamos dar uma atenção especial em casa, local que pode acumular água”, disse.

De acordo com o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, da 19ª Regional de Saúde, de Jacarezinho, Ronaldo Trevisan, 2016 já mostra um avanço no combate ao mosquito, pois, no mesmo período de 2015 eram quatro cidades da região em situação epidêmica: Santo Antônio da Platina, Cambará, Ribeirão Claro e Siqueira Campos. Neste ano, somente Cambará enfrenta mais uma vez a batalha. Outras 18 cidades do Estado vão receber apoio do exército, pois, é preciso uma necessidade de controle. “85% dos criadouros do mosquito estão nas residências. Não temos como evitar o mosquito, mas podemos prevenir. Acreditamos que a vinda do exército será muito eficaz, porque vai mostrar a população o quanto é grave a situação”, enfatizou.

Por outro lado, o governo do Estado tem promovido algumas ações em parceria com as prefeituras, entre elas está a Hora H, realizada no dia 13 de cada mês, mas que foi antecipada em janeiro devido o feriado de Carnaval. Segundo Trevisan, trata-se de um dia de mobilização, orientação e panfletagem. As campanhas educativas não podem parar. “A 19ª Regional de Saúde está dando todo apoio aos municípios da região e suporte necessário. A intenção é combater o mosquito, lembrando que ele é o vetor responsável pela transmissão de três doenças”, ressaltou.  

No mês de agosto, o município de Jacarezinho confirmou um caso de chikungunya importado, mas não houve registro de mais casos até o momento.