A Autoridade Pública Olímpica
(APO) atualizou hoje (29) a Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos
2016 com a conclusão de mais oito obras de instalações que receberão a
competição. A matriz é um documento divulgado uma vez por semestre pela APO para
o controle do andamento das obras e custos e inclui compromissos assumidos pelo
Poder Público para a realização dos jogos.
Pela
primeira vez, a matriz contabiliza um custo superior a R$ 7 bilhões, com R$
7,07 bilhões em 47 projetos. Na última atualização, o valor estava em R$ 6,67
bilhões. Segundo o documento, 60% desses investimentos são do setor privado e
40%, recursos públicos.
O
presidente da APO, Marcelo Pedroso, explicou que o aumento nos valores se deve
à inclusão dos custos de projetos como o fornecimento de energia temporária,
que, entre a atualização anterior e esta última, tiveram a execução contratada.
"A
diferença de valor se deve aos custos relacionados à atualização de energia
temporária. A gente não tinha maturidade para inserir um valor, porque não
estava contratada a execução do projeto", disse ele, ao destacar que R$
290 milhões dos cerca de R$ 400 milhões acrescentados são oriundos desse
projeto. A entrada do custeio das arquibancadas temporárias responde pela outra
parte.
Recursos públicos
O aumento
da participação dos recursos públicos no total de gastos, de 36% para 40%, já
era previsto conforme a realização dos jogos se aproximasse, segundo o
presidente da APO.
A
atualização divulgada hoje também é a primeira a definir o prazo de conclusão e
o custo de todos os projetos, que ainda podem sofrer aditivos. Ao todo, 19 dos
47 projetos já foram concluídos.
Desde a
última atualização, em 21 de agosto, foram terminados o circuito de canoagem
slalom, a pista de mountain bike, os centros olímpicos de BMX e o de
hóquei sobre grama, no Complexo Esportivo de Deodoro. No Parque Olímpico da
Barra, entraram na lista de obras concluídas a Arena do Futuro, a Arena
Carioca 1 e o Centro Internacional de Radiodifusão (IBC). Ainda no bairro da
Barra da Tijuca foi considerado pronto o campo de golfe.
O
presidente da APO afirmou que o Centro Olímpico de Tênis ficará pronto até os
jogos, depois de uma rescisão contratual entre a prefeitura e o consórcio
responsável pela obra. "A obra do Centro Olímpico de Tênis está em 90% de
execução. Já realizamos um evento-teste na instalação, que já tem condições de
uso", destaca ele, ao afirmar que os 10% restantes estão relacionados à
infraestrutura temporária nas pistas externas de aquecimento e nas outras áreas
de competição. "Então, não existe risco nenhum [de não ser
concluído]".
O
Velódromo Olímpico, que também continua em andamento, foi considerado "sob
controle". "O estádio já tem ar-condicionado e toda a infraestrutura
necessária para a entrada da pista".
Fonte: Agência Brasil