terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Homem acusado injustamente de estupro é libertado depois de passar 30 anos na prisão


Por Redação
Um homem condenado em 1992 por estupro de uma mulher idosa foi libertado em Springfield, Ohio, nos Estados Unidos. George Perrot, atualmente com 48 anos de idade, estava preso desde 1985. A condenação teve por base a análise de um único fio de cabelo encontrado na cena do crime e uma confissão obtida após um interrogatório de 12 horas de duração, sem a presença de advogado.
Durante todo o tempo em que permaneceu preso, Perrot afirmou sua inocência. A vítima, hoje já falecida, jamais o identificou como o agressor e insistiu ser um homem de rosto liso. Perrot, por outro lado, tinha barba.
Homem acusado injustamente de estupro libertado depois de passar 30 anos na priso
Embora o FBI tenha insistido que o fio cabelo na cena do crime pertencia a Perrot, a análise microscópica realizada pelo departamento apresentou, nos últimos anos, um histórico de erros e imprecisões. O próprio FBI chegou a reconhecer, em posterior declaração pública, que o resultado do teste era inconclusivo.
Em posse da informação, Perrot apelou para a Corte Superior. Ao analisar o caso, o magistrado Robert Kane anulou a condenação, entendendo que não havia provas suficientes para manter a prisão.
Perrot foi representada pela advogada Kirsten Mayer e pelo The Innocence Project.
“Há tão poucos momentos na vida em que temos uma oportunidade de corrigir uma grande injustiça. Nós nos sentimos privilegiados de ter a chance de ajudar o Sr. Perrot”, relatou a advogada Kirsten Mayer.

Comentários 

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Esse é um dos motivos por que sou contra a pena de morte. Imagine se essa tivesse sido a pena a ele imposta? Triste é saber que ainda existem muitos outros "George Perrot" por aí, uns nos EUA, outros tantos no Brasil.
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E foi lá, na terra do CSI!

Imagina aqui no Brasil?
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Penso assim também. Sem contar no fato que tirar uma vida, independente se for como punição ou não, é um crime. Não faz sentido aplicar pena de morte para um indivíduo que assassinou alguém como forma de punição.

Obs: Opinião minha.
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Como estudante de Direito, fico muito feliz a deparar-me com uma noticia como esta.
Muitas vezes, colegas de sala me perguntam se eu vou defender bandidos, estupradores entre outros delitos. É nessa hora que meu entusiasmo aumenta e tenho a certeza de que estou no caminho certo!

Estou muito agradecido à quem postou esta notícia!!!

PS: Não sou a favor de bandidos, como costumam dizer, sou a favor da JUSTIÇA!!!
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Não é defender bandido. Quando o cara lhe contar a versão dele você analisa se faz ou não sentido o que diz e decide ou não defendê-lo.

Diferente do marginal que chega dizendo "olha, realmente eu assaltei e o pilantra resolveu me peitar e eu tive que matar". Se você decide ir adiante para tirá-lo da cadeia, Isto sim é defender marginal.
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(...) e quem paga a conta é o Estado. Óbvio que o cidadão americano vai requerer uma indenização muito grande.
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E vai obter, com toda certeza, Ricardo. Morei lá e conheço muito bem o funcionamento do sistema. Mas a questão, a meu ver, não é essa, mas sim esta: quem e como indenizar trinta anos de uma vida? As agruras do sistema penitenciário norte-americano (como, aliás, o de qualquer outra nação)? A dor de saber-se injustiçado, diuturnamente lembrado durante essas três intermináveis décadas?
Não entendi, por outra parte, a tabuleta identificadora onde se lê: "Springfield, Mass" (Springfield é uma das maiores cidades do Estado de Massachusetts). Haveria um erro nesse texto ou na tabuleta? Apenas curiosidade.
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JKoffler Jurisconsulto: de fato houve um erro no momento da redação, pois existe a cidade de Springfield tanto no estado de Ohio quanto no estado de Massachusetts. Agradecemos pelo apontamento. Inserimos uma ERRATA ao final do texto. Cordialmente, Equipe do Canal Ciências Criminais.
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Nenhum dinheiro do mundo vai compensar a perda de 30 anos de vida e ainda mais dentro de uma prisão. Por maior que seja o valor, não cobrirá essa perda. Em minha opinião, o Estado Americano deveria garantir uma vida extremamente confortável para o cidadão de modo a compensar minimamente o desastre e o crime cometido contra esse indivíduo.
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Fiquei triste com a história, nunca pensei que iria ficar triste com uma história de um preso, mas de alguma forma me tocou e agora posso repensar meu conceito e ter certeza que existe sim pessoas inocentes presos.
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Te digo mais amiga ... a Justiça brasileira comete erro gravíssimo ao dar enorme importância ao depoimento de vítimas de estupro, a ponto de poder condenar alguém só por isso.

Ocorre que é muito comum, e explicável pela ciência, a confusão que podemos fazer, especialmente em pessoas de raças e etnias diferentes.

A vítima jura com convicção, e está certa, que o indivíduo é culpado, mas é um "truque" de seu cérebro. Muitos negros nos EUA foram presos por estupro baseado no depoimento de vítimas, especialmente mulheres brancas ... somados ao racismo e desejo de vingança que surgem nestes casos, é quase impossível uma absolvição.

O exame de DNA já libertou muitos presos por este tipo de erro. No geral absorvemos os traços mais comuns da fisionomia e não os diferenciadores. Lembremos ainda que a vítima pode estar em estado de choque.

É por isso que aqui brincamos dizendo que japonês é tudo igual ... claro que não são, mas temos dificuldades em diferenciá-los ... o mesmo ocorre com africanos, conheço angolanos e guineenses (Guiné-Bissau) e os confundo.
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Lógico que tem, e não é só uma ou duas, ainda mais na Justiça brasileira. Teu conceito era um tanto utópico.
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Então Marcelo e Armpit, talvez meu conceito era utópico porque já fui assaltada e vi de perto um caso de uma amiga onde um cara roubou a casa dela e estuprou enquanto o marido dela trabalhava de turno na área florestal. Isso criou dentro de mim, por ter acompanhado o estado dela de perto e vendo o medo das pessoas que ela passou a ter, fez um conceito utópico em querer que todo mundo que tenha cometido um crime como esse seja punido corretamente e me fez esquecer que existe uma justiça falha que prende ainda gente inocente e deixa solto muitos caras que realmente merecem sofrerem as penas cabíveis.
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Há, sim, muitos inocentes condenados e sentenciados, nos EUA e aqui no Brasil. Muitos. Como disse Armpit, uma testemunha emocionalmente abalada pode ser induzida a fazer acusações infundadas. E o preconceito pode levar a um julgamento apressado, com base em evidências tênues.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4492817

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/eua-inocenteesolto-apos-37-anoserecebera-us-175-mi,d96b77519f7da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Você, Valdireni, pode ainda procurar no Netflix a série "Making a murderer" - sobre o caso de um inocente condenado nos EUA. Assim, o advogado deve ficar muito atento, pois passa pelas mãos dele a possibilidade de salvar um inocente.
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Valdireni, sim, seu conceito era utópico.
Ainda, sempre será melhor um culpado solto do que um inocente preso.
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Aqui no Distrito Federal, parece que esta historia estava por se repetir, graças a grande atuação dos advogados parece que o caso daqui não terá o mesmo final trágico.
O segurança pode ate não vir, na justiça, a ser condenado por um crime que pelo andar das investigações não aconteceu, mas a divulgação e como ele foi tratado pelas redes sociais e mídia já significou um grande preço para sua vida.

O caso esta divulgado em parte nesta reportagem: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2016/01/06/interna_cidadesdf,512909/errou-mas-naoecriminoso-diz-esposa-de-segurança-suspeito-de-estu.shtml

Edit (15/02/2016): Em respeito ao comentário do Dr Hugo Paulo, a reportagem no sitio do Correio Brasiliense é somente para mostrar de qual caso se trata, como muito bem observado pelo Dr Hugo Paulo, Esta reportagem no sitio do Correio Brasilience, realmente não cita a conclusão do inquerido, A mídia condenou antecipadamente porem não divulga seus próprios erros!
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Na página da sítio do correio brasilense não cita nenhum fato que demonstre a inocência do segurança. Apenas mostra que sua esposa traída o perdoou e se arrependeu de ter feito o boletim de ocorrência pela desavença que tiveram no passado.
Não estou dizendo que é culpado, não sei, mas na reportagem não há fundamentos e provas de sua inocência, talvez no processo tenha.
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É este um dos meus maiores entraves com quem é favorável à pena de morte. Não defendo marginal, mas vejo que um único inocente morto por um crime que não cometeu não compensaria todos os demais culpados mortos pelos crimes que cometeram.
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Algo simples de pensar, imagine que a pessoa, presa, condenada a pena de morte, injustamente, poça vir a ser alguém próximo ou até mesmo você. Bom, neste ponto, por mais que a pessoa seja a favor ela sabe que não há cabimento.
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Conheço um caso semelhante de erro de julgamento pelo TJDFT, por suposto crime contra vulnerável. Nesse, para satisfazer a grande mídia, mediante armação policial, um pai de família e micro empresário foi preso no seu estabelecimento comercial e condenado a 9 anos e 4 meses de prisão, tendo a suposta vítima 159 cm de altura e 58 kg de peso e sem portar documento. O Laudo de Corpo de Delito atestou que a vítima continuava virgem e não possuia lesão vaginal e nem anal.
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Se fosse no Brasil ficaria preso poucos anos mas passaria o resto da vida com a culpa e sem indenização alguma.
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Por isso muitos acusadores aqui mesmo no fórum estão errados. Pois, aqui é pior, se acusa afirmando quando está apenas em procedimentos investigatórios, nem sentença de 1º grau há, quanto mais trânsito em julgado.

Hoje que se investigue todos em que pairam dúvidas de conduta, que o Estado puna depois do julgamento, mas o contraditório, presunção de inocência e ampla defesa deve haver, que o caso específico não aconteceu.
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Kirsten Mayer, aqui vc teria muitas oportunidades
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Brasil não combina com pena de morte. Se lá nos EUA, onde existe uma polícia bastante comprometida com a investigação do crime, os erros já ocorrem, imagine por aqui?! Ainda prefiro adoção de sistema penal privado. Prefiro que os presos custeiem sua estadia na prisão. E aos crimes mais graves, perpétua, para o indivíduo passar o resto da vida pensando no que fêz.
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Erro juiz? Erro advogado? Erro promotor?. Por que se fosse uma falha médica vocês diriam erro médico?
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Eis a questão: acreditar totalmente na mentira feminina. Sou favorável a pena morte. Esse é um caso em que a mulher deveria ser condenada à pena de morte....
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A justiça tarda, falha, mas vem alguém e corrigi.
Com isso, nada poderá ser descartado, pois um dia saberemos a verdade.
A verdade cada um tem sua, mas ela é absoluta.
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A justiça tarda, falha, mas vem alguém e corrigi.
Com isso, nada poderá ser descartado, pois um dia saberemos a verdade.
A verdade cada um tem sua, mas ela é absoluta. Essa é a minha visão.
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