(Foto: Divulgação/Prefeitura Pinhais)
Quanto tempo um corpo humano pode ficar em uma sala apenas com ar condicionado, sem refrigeração adequada? A resposta não foi conseguida pela reportagem do Portal, mas em um caso registrado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Pinhais, levou uma semana para o corpo ser encaminhado a um local adequado. Uma mulher, identificada como Ilda Gonçalves, foi encaminhada à Unidade por amigos. O relato deles é que moravam juntos e que a paciente não teria familiares na cidade. Acontece que a mulher apresentava um quadro de cirrose hepática, em decorrência de hepatite A, e morreu na madrugada do dia 12 de julho. Os amigos relataram que tentaram fazer o sepultamento do corpo de Ilda, mas, até o momento não conseguiram.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Pinhais, “o que ocorreu é que nenhum parente consanguíneo de Ilda foi localizado, e por este motivo, é preciso uma ordem judicial para a liberação do corpo aos amigos”.
Ocorre, no entanto, que de acordo com denúncia encaminhada ao portal, “o corpo ficou em uma sala da UPA, sem a refrigeração adequada, até o fim da tarde desta segunda-feira (18), praticamente uma semana”. A reportagem questionou a Assessoria da Prefeitura sobre este fato e sobre os riscos de contaminação da manutenção de um corpo em local inadequado e justamente em uma unidade de saúde com grande circulação de pessoas.
A assessoria justificou que “a Prefeitura e a Secretaria da Saúde assim que informadas da situação pela reportagem, tomou as providências necessárias”. “Imediatamente a Secretaria da Saúde levantou as informações necessárias e já providenciou a transferência do corpo para uma unidade com refrigeração adequada”, afirmou a assessoria. O corpo, foi transferido para um hospital da região, segundo a assessoria. “Até que a Justiça emita a ordem judicial permitindo a liberação do corpo, ele ficará no hospital”, disse. “A Secretaria da Saúde está em contato com a Justiça, tentando agilizar a liberação”.
A reportagem tentou contato com o advogado responsável pelo caso, mas ele não atendeu as ligações. O caso, conforme a Assessoria da Prefeitura, “segue na Comarca de Pinhais”.
Impasse jurídico
Em nota enviada ao Portal na tarde desta terça-feira (19), a advogada Damaris Avon, que representa os amigos de Ilda, ressaltou que eles tentaram resolver o sepultamento da paciente e “foram informados que, por lei, somente um familiar poderia tomar tais providências”.
Foi encaminhada, então, uma ação de Alvará Judicial de Sepultamento que tramita junto a Vara de Registros Públicos de Pinhais, mas que “ainda aguarda manifestação da juíza competente, pois foram realizadas diligências para que a decisão judicial seja tomada em total respeito à lei”.
Massa News
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