sábado, 17 de setembro de 2016

Itararé, 'Há um mês sem trabalho', diz mãe que perdeu emprego procurando filha

Adolescente de Itararé ficou um mês sumida depois de fugir com namorado.
Maíra Pinho falou da dificuldade em se recolocar no mercado.

A moradora de Itararé (SP) Maíra Almeida Pinho, de 31 anos, continua sem trabalho após perder o emprego procurando sua filha Caroline Pinho, de 13 anos, que fugiu de casa com o namorado Fábio Welligton Brizola, de 19. A adolescente voltou dia 30 de agosto depois de ficar um mês desaparecida. Maíra, que é cuidadora de idosos, conta que perdeu o emprego por ter realizado buscas pela filha no meses de julho e agosto. Em entrevista ao G1, ela relatou a dificuldade que está passando em se recolocar no mercado de trabalho.
“Estou há um mês sem trabalho. Está difícil. Procuro qualquer coisa para trabalhar, porque tenho aluguel, luz, água e alimentação para pagar. Hoje quem está me dando uma força é minha mãe, que é aposentada, e meu irmão”, afirma.
Maíra conta que perdeu o emprego depois de percorrer 278 quilômetros entre viagens de ida e volta a cidades do interior de São Paulo e Paraná após receber pistas do paradeiro da filha. Segundo ela, foi a Itapeva (SP), a 57 quilômetros de Itararé; Sengés (PR), a 26 quilômetros; e para Jaguariaíva (PR), a 56 quilômetros de Itararé. Para Jaguariaíva ela fez uma segunda viagem quando já estava demitida, percorrendo, ao todo, 390 quilômetros depois do desaparecimento da filha.
Caroline Pinho está desaparecida desde sábado, em Itararé (Foto: Maíra Pinho/Arquivo Pessoal)Caroline Pinho ficou um mês desaparecida após
fugir (Foto: Maíra Pinho/Arquivo Pessoal)
“Sou cuidadora de idosos e os chefes deram dez dias para que eu cuidasse desse problema pessoal. O prazo acabou entre 8 e 12 de agosto, mas como não voltei ao trabalho, eles colocaram outra pessoa no meu lugar”, explicou na época.
Contudo, apesar de estar sem trabalho, a mãe alega que nada supera ter a filha de volta. “Estou sem trabalho e procurando um. Mas o importante é que minha filha está aqui comigo”, ressalta.
Alerta
De acordo com Maíra, a filha retornou para a escola, está sem celular e excluiu o perfil no Facebook. O rapaz continua desaparecido e, enquanto não é encontrado, o medo de Maíra é de que os dois voltem a ter contato. “Estou sempre em alerta. Pedi para que ela excluísse o Facebook e o celular ela não tem mais. Hoje a vida dela é da casa para a escola e da escola para casa, sendo que eu levo e busco ela”, ressalta a mãe.
Ainda segundo a mãe, tem dias que a filha chora de saudade pelo rapaz. “Acho que ela está conformada demais com a situação. Se pensar em tudo o que passamos, com até ela ligando para dizer que não voltaria mais. Por isso, eu fico alerta se o rapaz tentar falar com ela”, conclui.

Caio Gomes SilveiraDo G1 Itapetininga e Região

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