As alterações na distribuição das aulas e na hora atividade dos professores anunciadas nesta semana pelo governo foram mal recebidas pelos professores.
A APP (sindicato que representa os docentes da rede estadual) classificou as mudanças como um ataque.
“Esperávamos começar o ano tranquilo, mas o governo fez este ataque. Não há necessidade destes processos. São R$ 140 milhões a menos de investimentos, 7 mil professores que deixarão de ser contratados, dinheiro que o governo gasta com propaganda”, disse o diretor Luiz Fernando Rodrigues.
Com as mudanças. a cada 20 aulas distribuídas, cinco serão de hora-atividade, e não mais sete. A hora-atividade é o tempo que o professor trabalha fora da sala de aula, para preparar o conteúdo, as provas e corrigir as avaliações.
Para a APP, a hora-atividade cairia dos 33% obrigatórios por lei para 25%.
Como resultado, os professores ficariam duas aulas a mais em sala de aula (cada aula tem 50 minutos) e menos professores temporários seriam contratados: 7 mil de acordo com o sindicato.
A Seed (Secretaria de Estado da Educação) reconhece que menos temporários serião contratados, embora não tenha feito uma projeção, mas defende o cálculo sobre as horas.
“Nosso cálculo estava equivocado. A hora-atividade será computada em cima de 20 horas (relógio) e não 20 aulas. Hoje o professor fica 11 horas em sala e nove fora. Com a reestruturação vai passar para 12h30 em sala e 7h30 fora, ou 37% de hora-atividade”, argumentou a superintendente de Educação da Seed, Fabiana Campos.
Hoje o conselho da APP se reúne na capital para definir as mobilizações, inclusive uma possível antecipação da assembleia já marcada para o dia 11 do mês que vem, quatro dias antes do início das aulas, ou até mesmo acionar a Justiça.
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