segunda-feira, 10 de abril de 2017

Jaboti Polícia abre inquérito para investigar cobrança ilegal de sepultamentos

A Polícia Civil instaurou inquérito segunda-feira, 10, para investigar as denúncias envolvendo o pedreiro Marciel Sales da Luz, seu irmão Marco Antônio da Luz e a prefeitura de Jaboti no suposto esquema de comercialização de sepultamentos no município. O caso foi denunciado na semana passada pela empresária Gilvanete Maia Bertolini, de Santo Antônio da Platina, após receber uma cobrança no valor de R$ 600 referente ao enterro de seu pai no dia 9 de março.
De acordo com o delegado Isaías Fernandes, as investigações têm como objetivo esclarecer o vínculo formal entre o pedreiro Marciel da Luz e a Prefeitura de Jaboti, e se procedem as suas afirmações quanto ao conhecimento do prefeito Vanderlei de Siqueira e Silva (PSDB), o ‘Lei da Lica’, e de outros servidores sobre prática por ele exercida como coveiro. Além disso, a Polícia Civil pretende descobrir se havia autorização para a prestação de serviços particular e se as cobranças (ou exigências) pelos sepultamentos ocorriam em nome da prefeitura.
“Em tese serão verificadas a existência de crimes de corrupção ou concussão (cobrar ou exigir), e usurpação da função pública por parte do suposto coveiro. No caso do executivo, se houve crimes de prevaricação e corrupção, ou concussão que eventualmente assentia na prática irregular como coveiro”, explica Fernandes.
A pena máxima para o crime o concussão é de 12 anos de reclusão, enquanto para usurpação a condenação pode chegar a dois anos de prisão. As penas são as mesmas para os casos de corrupção e prevaricação, respectivamente.
Na sexta-feira, 7, Marciel Sales da Luz contestou as declarações do prefeito Vanderlei de Siqueira e Silva,que disse desconhecer até então os serviços prestados por ele como coveiro. O pedreiro acusa a primeira-dama Eliete Barbosa de ter o contratado para sepultar uma criança em 2013, e alega que seu marido sabia de tudo.
Por meio de sua assessoria, a primeira-dama Eliete Barbosa negou a acusação e disse que jamais manteve contato com o pedreiro Marciel Luz. A assessoria do prefeito Vanderlei de Siqueira e Silva também reafirmou que ele só tomou conhecimento dos fatos após a denúncia da empresária Gilvanete Maia Bertolino.

Tribuna do Vale

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