Holandesas fazem 2 a 1, seleção demora a se encontrar em quadra, mas se recupera a tempo de garantir a vitória suada por 3 a 2. Vaga na semi depende da vitória da China sobre a Holanda, na sexta
A desorganização
em quadra e os sucessivos erros quase tiraram a chance do Brasil de conquistar
pela 12ª vez o título do Grand Prix de vôlei. No jogo decisivo desta quinta
contra a Holanda - após
a derrota para a China na quarta -, a seleção do técnico
José Roberto Guimarães chegou a ficar atrás por 2 sets a 1, mas reagiu no
momento decisivo com a entrada da central Bia e conseguiu a virada heroica por
3 sets a 2, com parciais de 25/27, 25/23, 22/25, 25/22 e 15/11, em Najing, na China.
Com uma derrota e uma vitória na
Fase Final, agora as brasileiras torcem para a China vencer a Holanda no jogo
desta sexta, às 8h30, para avançarem para as semifinais do torneio. O time
forma ao lado da China e da Holanda o Grupo J da fase final do Grand Prix. As
equipes se enfrentam dentro dos seus respectivos grupos e as duas melhores de
cada chave passam à fase semifinal.
Brasil começa jogo desorganizado
O Holanda já começou o jogo abrindo
três pontos. O Brasil acordou em seguida e empatou após um ataque de Rosamaria
e um ace de Natália. Com a Tandara no saque, a seleção cresceu e abriu em 10 a
7. Mas o bom momento foi seguido por uma sequência de erros, e as holandesas
empataram em 12 a 12. Um ataque de Tandara e o primeiro bloqueio verde e
amarelo do jogo, com Rosamaria, colocaram o país de novo no comando. A partir
daí, a parcial foi disputada ponto a ponto. A Holanda diversificou seus ataques
e, com uma pingada, Robin fez 15 a 14. As brasileiras reagiram rápido, voltando
a dominar o placar depois de um ace de Carol. As holandesas, porém, não
desistiram: cresceram no bloqueio e ficaram a um ponto de fechar o set: 25 a
24. A vitória parcial veio um pouco depois, com uma largadinha da atacante
Plak: 27 a 25.
Muito bem no saque, Natália ajudou o
Brasil a abrir 6 a 0. As holandesas acordaram, fecharam o bloqueio e voltaram a
pontuar com a estrela do time, a Plak, marcando seis pontos seguidos e
empatando o jogo. Rosamaria soltou o braço para cortar o bom momento
adversário. Um bloqueio de Adenízia e uma bola para fora da Holanda garantiram
de noba a boa vantagem: 10 a 6. Mas o time de Zé Roberto, desorganizado em
quadra, seguiu cometendo muitos erros. Após um erro de ataque de Natália,
levaram a virada: 13 a 12. Com a entrada da levantadora Macris no lugar de Roberta,
e Tandara e Rosamaria nos ataques, a seleção reagiu. Só que a Plak, de apenas
21 anos, seguiu distribuindo suas bombas. O jogo mais uma vez ficou equilibrado
no fim do set. No momento decisiso, um ataque da Natália e um bloqueio de
Macris fizeram a diferença. Em seguida, o saque para fora da Holanda confirmou
a vitória verde e amarela: 25 a 23.
A seleção voltou para a quadra com a levantadora Macris
como titular. A Holanda, porém, começou melhor, abrindo em 5 a 1. Com a Tandara
aparecendo bem no ataque, o Brasil acordou a tempo de não perder as rivais de
vista, fazendo cair para um ponto a distância no placar (9 a 8). Só que do
outro lado a imparável Plak seguiu desequilibrando a partida. Zé Roberto tentou
mexer mais uma vez no time, trocou a central Adenízia pela Bia, mas a seleção
seguiu desorganizada em quadra, cometendo erros bobos. Roberta também voltou
para a quadra e ajudou a ensaiar uma reação, que teve como destaque dois
bloqueios seguidos da Carol. A diferença chegou a cair para apenas um ponto (17
a 16), mas logo a Holanda abriu de novo e administrou a vantagem até fechar em
25 a 22.
Bia entra e faz a diferança
No set decisivo, o Brasil começou
melhor. Rosamaria e Tandaram soltaram o braço e fizeram a seleção abrir em 4 a
1. Uma bola de Plak na antena ainda melhora a cenário para o time de Zé
Roberto. Com um bloqueio, a Holanda não deixou as rivais se distanciarem muito,
caindo a diferença para dois pontos. Depois de um belo rali, com ótimas defesas
brasileiras, Bia decidiu o ponto no bloqueio: 7 a 3. A partir daí, a seleção
soube manter a tranquilidade para administrar a boa vantagem. Com uma bola
colocada de Tandara e depois bloqueio de Rosamaria, o Brasil fez 15 a 11 e,
enfim, pôde respirar aliviado.
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