quinta-feira, 15 de março de 2018

Pinhalão, prefeitura licita quase R$ 3 milhões em combustíveis


Previsão de consumo de diesel é de 750 mil litros, de gasolina, 65 mil e etanol, 45 mil litros
A Prefeitura de Pinhalão licitou no dia 20 de dezembro do ano passado um surpreendente volume de combustível para manter a frota de máquinas, caminhões e veículos leves neste ano de 2018. São 750 mil litros de óleo diesel, 65 mil litros de gasolina e 40 mil litros de etanol, com previsão de gastos de R$ 2.889,900. Esses números chamara a atenção da reportagem durante o levantamento de informações para elaboração da matéria jornalística envolvendo denúncia de desvio de combustível do barracão da prefeitura.

Um rápido levantamento feito em portais de outras prefeituras da região verificou-se que os números apresentados por Pinhalão (6.500 habitantes e uma área territorial de 260 quilômetros quadrados), são gigantescos, se comparados com municípios maiores como Santo Antônio da Platina e Cambará, só para citar dois exemplos.

Santo Antônio tem uma população superior a 45 mil habitantes e área territorial de 721 km2. Dados obtidos no site da prefeitura platinense demonstram que o município, em 2017, consumiu 5 mil litros de etano, com despesa de R$ 16 mil; 100 mil litros de gasolina, ao custo de R$ 387 mil; 200 mil litros de óleo diesel S-500, orçado em R$ 574 mil; e, 130 mil litros de óleo diesel S-10, que demandou custo de R$ 387.400. O município gastou no ano R$ 1.364,400 em seu departamento rodoviário.

Em Cambará, município de 25 mil habitantes, a prefeitura local consumiu 35 mil litros de gasolina no ano de 2017, gerando uma despesa de R$ 149.100; Diesel: 313 mil litros, demandando um total de R$ 979 mil; e, 9 mil litros de etanol, gerando despesa de R$ 23.580.

Disparidade

Os números de Pinhalão referem-se ao montante licitado pela prefeitura, mas a reportagem não conseguiu levantar o volume consumido em 2017 e a despesa gerada pelo setor rodoviário do município. Consultado por telefone, o chefe do Departamento de Compras, Luiz Carlos Vidal informou que só prestaria informações mediante requerimento por escrito protocolado na administração.

Com relação à licitação, ele esclareceu que o volume licitado é uma estimativa e o pregão realizado em dezembro do ano passado foi na modalidade registro de preço. Ou seja, o município consome os combustíveis, se precisar, não se obrigando a adquirir o volume licitado.

A reportagem apurou, no entanto, que em 2016, ultimo ano do mandato do ex-prefeito Claudine Beneti, foi licitado o mesmo volume de combustíveis do ano seguinte.

Outro detalhe curioso é que as mesmas empresas são as vencedores dos certames em administrações diferentes. A J O Combustíveis leva a bolada de R$ 407.400, referentes aos 105 mil litros de etanol e gasolina. Já a Agricopel Diesel Paraná Ltda ficou com a cota de 750 mil litros de óleo diesel, orçados em R$ 2.482,500. 

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