sábado, 16 de setembro de 2017

Ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação, e amigo de viagens de Beto Richa é preso na 3ª fase da operação quadro negro

Foi preso na manhã desta sábado (16) o ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação, Maurício Fanini. Ele foi detido em casa, em Curitiba, em um desdobramento da Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de verbas em contratos para a construção de escolas no Paraná.
A operação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Maurício Fanini é apontado como o principal beneficiário do esquema de desvio de verbas. De acordo com o coordenador estadual do Gaeco, procurador Leonir Batisti, ele foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro. “Ele foi apontado como a pessoa que teria recebido o dinheiro das empreiteiras. Ele foi denunciado por lavagem de dinheiro e, no dia de hoje, o Gaeco cumpriu dois mandados de busca e apreensão envolvendo o servidor e a esposa e também cumpriu um mandado de prisão preventiva determinado pelo juízo da 9ª Vara Criminal de Curitiba”, explica.
Os mandados foram cumpridos em Curitiba e em Guaratuba, no litoral do estado, em imóveis do ex-diretor.

Operação Quadro Negro

Fanini é um dos 15 réus de um processo que corre na 9ª Vara Criminal de Curitiba, desde janeiro do ano passado.
A Operação Quadro Negro investiga um esquema de fraude a licitações que, estima-se, desviou R$ 20 milhões. Segundo a denúncia, a Construtora Valor recebia os recursos de acordo com o andamento das obras das escolas, com base em relatórios fraudados.
Na última quarta-feira (13) o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de delação do dono da construtora, Eduardo Lopes de Souza. Entre os citados no depoimento dele, está o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Eduardo Lopes de Souza afirmou que os recursos desviados de obras em escolas estaduais foram repassados a lideranças do PSDB para que fossem utilizados na campanha de reeleição do governador em 2014. Beto Richa negou as acusações e disse que deve processar o delator.

Na quinta-feira (14), o pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) determinou a devolução de cerca de R$ 3 milhões que teriam sido desviados das obras. Este foi o primeiro de 14 julgamentos de processos que apuram os desvios na construção e reformas de escolas, no TCE.

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