Apresentador do ‘Cidade Alerta’, da Record, revelou em maio ter sido diagnosticado com agressivo câncer no pâncreas e abriu mão do tratamento convencional
Morreu
nesta tarde de sábado o jornalista Marcelo Rezende, aos 65 anos.
Rezende lutava contra um câncer no pâncreas e no fígado, que revelou
em entrevista na TV, em maio deste ano. Religioso, diante da agressividade do
tumor, o jornalista abriu
mão do tratamento convencional e participou
de retiros espirituais.
Nascido
em novembro de 1951 no Rio de Janeiro, Marcelo Rezende tinha mais de quarenta
anos de carreira. Trabalhou na Globo, onde realizou reportagens investigativas
e apresentou, entre outros programas, o Linha Direta, que exibia a
reconstituição de grandes casos criminais, como o do maníaco Chico
Picadinho. Na Record, comandava o policialesco Cidade Alerta desde 2012.
Antes, esteve à frente do quadro A Grande Reportagem, do Domingo
Espetacular.
No Cidade Alerta, cunhou o bordão “Corta pra mim”, do
qual se orgulhava. A frase dá nome ao seu perfil oficial no Facebook e
ao livro que lançou no início de 2016.
O livro, publicado pela editora Planeta, reunia
relatos sobre as suas reportagens investigativas, como aquela sobre a máfia do
futebol.
Na reta
final, Marcelo Rezende contou com o apoio de familiares e amigos, como o colega
da Record Geraldo Luís, que chegou a socorrê-lo em casa, no início de maio. A
filha Patrícia, que mora fora do país, voltou ao Brasil para acompanhá-lo — e
se despedir.
Teve também o apoio constante da namorada, Luciana
Lacerda, que chegou a fazer uma tatuagem em homenagem a ele. Nos últimos
momentos, Luciana fez posts dramáticos no Instagram, em que pedia a Deus que
cuidasse de quem ela não podia cuidar, e que segurasse nas mãos dela e de
Marcelo Rezende.
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