Acidente aconteceu em agosto de 2015 e foi filmado pelo cunhado do pedreiro. Hoje ele usa bengala para se locomover e sente muitas dores.
O pedreiro Mário Caregnato, que
viralizou na internet após ser atingido por uma parede há mais de dois anos,
sofre com sequelas, cirurgias e com o fim do benefício do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
O acidente aconteceu em agosto de 2015, durante a
demolição de uma casa em Curitiba. Assista ao vídeo acima.
Com 32 anos, Mário sente muitas
dores, depende de uma bengala para se locomover e vai passar pela sexta
cirurgia no dia 22 de dezembro. Recentemente, o morador de Fazenda Rio Grande,
na Região Metropolitana de Curitiba, perdeu o benefício do auxílio-doença.
“Se eu fico muito tempo em pé, dói, então eu tenho que deitar. Se eu fico muito tempo sentado, machuca as costas, e eu tenho que deitar. Então fica uma situação bem difícil”, disse.
À época do acidente, foram identificados vários ossos quebrados
e no decorrer da recuperação, novas fraturas foram localizadas: uma no esterno,
que fica no tórax, uma no quadril e uma no fêmur, além de cinco vértebras
esmagadas e duas fraturadas.
“Por causa da pancada, do inchaço,
por causa do sangramento, [as fraturas] não foram vistas e estão aparecendo
agora”, explicou.
Também foram identificados 32
pequenos coágulos na cabeça, o que pode ser uma das causas das dores de cabeça
que Mário contou sentir 24 horas por dia. A próxima cirurgia será na coluna e
vai tentar reduzir a pressão sobre a medula óssea.
Além de enfrentar as dores, a rotina
do ex-pedreiro inclui pelo menos duas visitas mensais ao Hospital do
Trabalhador, em Curitiba, onde recebe o acompanhamento de equipes médicas
especialistas em tórax, coluna e neurocirurgia.
“Agora vou consultar com um médico
do coração (...) porque, por causa dessa pancada, estou com uma veia que está
semiobstruída na perna”, relatou.
Apesar de todo o transtorno causado
pelo acidente, Mário disse que sente gratidão por ter sobrevivido.
Auxílio-doença
Desde que foi
atingido pela parede, Mário, que sempre atuou na construção, não conseguiu
voltar a trabalhar.
Ele recebeu o
auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por dois anos e
dois meses. No entanto, durante a última perícia, realizada em 21 de novembro,
o benefício foi cancelado.
“Eles me mandaram
voltar a trabalhar, mesmo com cirurgia marcada”, contou.
Segundo Mário,
a recuperação do procedimento na coluna, que será realizado na próxima sema,a
deve durar aproximadamente 90 dias.
Apesar de ter
recorrido da decisão que cancelou o auxílio-doença, o novo atendimento foi
marcado apenas para 18 de abril de 2018.
Até lá, a única
renda dele e da esposa, que não têm filhos, será o salário de pouco mais de R$
1,2 mil que ela ganha trabalhando como empregada doméstica. Só com o aluguel o
casal gasta R$ 500. Também há despesas com luz, água, alimentação e
medicamentos.
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