A Polícia
Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a 48ª fase da Operação
Lava Jato, chamada Operação Integração. Policiais federais, servidores da
Receita Federal e membros do Ministério Público Federal cumprem mandados
no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
São
50 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão
temporária. Entre os alvos estão o diretor-geral do Departamento de
Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR), Nelson Leal, que foi preso,
e Carlos Nasser, que ocupa cargo em comissão da Casa Civil e foi
alvo de busca e apreensão.
A
operação apura casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão
de rodovias federais no estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da
Integração.
Nas
investigações, segundo a PF, foi descoberto o uso das estruturas de lavagem de
dinheiro reveladas na Operação Lava Jato para operacionalizar os recursos
ilícitos pagos a agentes públicos, principalmente através dos operadores
financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran (ambos investigados na Lava Jato)
Uma das
concessionárias se utilizou dos serviços de Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran
para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de
corrupção.
Dentre
os serviços prestados por estes operadores está a viabilização do pagamento de
vantagens indevidas a agentes públicos do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), DER/PR e Casa Civil do Governo do Estado
do Paraná.
A assessoria
da Casa Civil informou que vai esperar a polícia divulgar mais informações
sobre a operação para se posicionar. A assessoria garantiu que as
investigações não têm relação com o governador Beto Richa (PSDB).
A
ação tem por objeto a apuração, dentre outros, dos crimes de corrupção, fraude
a licitações e lavagem de ativos. As ordens judiciais foram determinadas pelo
Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
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