quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Nova fase da Lava Jato investiga desvios no governo do Paraná


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a 48ª fase da Operação Lava Jato, chamada Operação Integração. Policiais federais, servidores da Receita Federal e membros do Ministério Público Federal cumprem mandados no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
São 50 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária. Entre os alvos estão o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR), Nelson Leal, que foi preso, e Carlos Nasser, que ocupa cargo em comissão da Casa Civil e foi alvo de busca e apreensão.
A operação apura casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração.
Nas investigações, segundo a PF, foi descoberto o uso das estruturas de lavagem de dinheiro reveladas na Operação Lava Jato para operacionalizar os recursos ilícitos pagos a agentes públicos, principalmente através dos operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran (ambos investigados na Lava Jato)
Uma das concessionárias se utilizou dos serviços de Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de corrupção.
Dentre os serviços prestados por estes operadores está a viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), DER/PR e Casa Civil do Governo do Estado do Paraná.
A assessoria da Casa Civil informou que vai esperar a polícia divulgar mais informações sobre a operação para se posicionar. A assessoria garantiu que as investigações não têm relação com o governador Beto Richa (PSDB).
A ação tem por objeto a apuração, dentre outros, dos crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem de ativos. As ordens judiciais foram determinadas pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

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