Mandados de
prisão, busca e apreensão e condução coercitiva são cumpridos nas cidades de
Ponta Grossa, Palmeira, Piraí do Sul, Castro e Carambeí
A região dos
Campos Gerais é parte importante da 3ª fase da Operação Carne Fraca, denominada
‘Trapaça’, deflagrada na manhã desta segunda-feira (5). Equipes da Polícia
Federal e fiscais auditores federais agropecuários cumprem 26 ordens judiciais
nos municípios de Ponta Grossa, Castro, Carambeí e Piraí do Sul, segundo
informou a assessoria de imprensa da Polícia Federal.
Em Ponta
Grossa, são seis mandados de busca e apreensão e outros cinco de condução
coercitiva; em Carambeí, três mandados de busca e apreensão e um mandado de
prisão temporária; Castro tem três mandados de busca e apreensão e outros três
de condução coercitiva; em Palmeira, um mandado de busca e apreensão e mais um
de condução coercitiva; e em Piraí do Sul, são dois mandados de busca e
apreensão e um mandado de condução coercitiva. Também há ações em outros
municípios paranaenses: Curitiba, Toledo, Dois Vizinhos, Maringá, Araucária e
Ipiranga.
Estão sendo
cumpridas 91 ordens judiciais nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul, Goiás e São Paulo, sendo 11 mandados de prisão temporária, 27 mandados
de condução coercitiva e 53 mandados de busca e apreensão. Os mandados
judiciais cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo Juízo Titular da 1ª Vara
Federal de Ponta Grossa.
Cerca de 270
Policiais Federais e 21 auditores fiscais federais agropecuários participam das
ações nesta manhã como resultado de ação coordenada entre a Polícia Federal e o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As investigações
demonstraram que cinco laboratórios credenciados junto ao Mapa e setores de
análises de determinado grupo empresarial, fraudavam resultados de exames em
amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal
dados fictícios em laudos e planilhas técnicos.
As fraudes
operadas tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA)
e, com isso, não permitir que o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento fiscalizasse com eficácia a qualidade do processo industrial da
empresa investigada. As investigações demonstraram que a prática das fraudes
contava com a anuência de executivos do grupo empresarial, bem como de seu
corpo técnico, além de profissionais responsáveis pelo controle de qualidade
dos produtos da própria empresa.
Também foram
constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo, com o
fim de acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações.
O nome dado
à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do
ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.
Os
investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade
documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de
crimes contra a saúde pública. Quanto aos investigados com prisão cautelar
decretada, tão logo sejam localizados eles serão trazidos à sede da Polícia
Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis
pela investigação.
Representantes
da Polícia Federal e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
prestarão maiores esclarecimentos em uma coletiva de imprensa que será
realizada no auditório da PF às 10h.
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