sábado, 27 de fevereiro de 2016

Gabinete de Delcídio custou R$ 1,3 mi durante o cárcere

O chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, que foi preso junto com o senador, também continuou recebendo o salário de R$ 18.912,35

O gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que obteve o direito de voltar à liberdade, custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 1,3 milhão enquanto seu titular esteve preso. Mesmo durante os quase três meses de detenção, o petista manteve seus rendimentos e os benefícios do cargo. Detido em 25 de novembro do ano passado, ele seguiu com o salário de R$ 33,76 mil e com o auxílio moradia de R$ 5.500, dinheiro que era usado para pagar um hotel de luxo em Brasília. Em dezembro, Delcídio recebeu R$ 5.770 como gratificação natalina.
O chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, que foi preso junto com o senador, também continuou recebendo o salário de R$ 18.912,35.
Desde a prisão, o gabinete do senador manteve sua estrutura. Com 14 servidores, incluindo Diogo, o custo operacional foi de, aproximadamente, R$ 765 mil no período. Os funcionários do gabinete afirmam que os trabalhos continuaram ocorrendo, mesmo com o senador preso, e que eles só pararam durante o recesso parlamentar, assim como os outros gabinetes.

Já os salários dos 17 comissionados no escritório de apoio parlamentar em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, custou pouco mais de R$ 430 mil. Nessa sexta-feira, o Aparte ligou várias vezes para o escritório, mas não foi atendido. Segundo a assessoria do parlamentar, o local passava por uma dedetização.
Até o fechamento desta reportagem, os funcionários do gabinete de Delcídio não sabiam se o senador iria retornar ou não às atividades parlamentares. O assessor de comunicação Carlos Eduardo Rodrigues disse que a ordem era ficar ao lado de um telefone e de um computador aguardando novas ordens. 
Plano A

Uma fonte ligada ao PT garante que o partido já definiu seu candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH): o deputado federal Reginaldo Lopes, que foi o mineiro mais votado nas últimas eleições, com 310.226 votos. Outro nome colocado pelo partido, o do deputado estadual Rogério Correia, seria, segundo a fonte, para esperar os desdobramentos da operação Acrônimo, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro e tem como um dos investigados o governador de Minas, Fernando Pimentel, e sua esposa, Carolina Oliveira. Há suspeitas de que os recursos desviados alimentavam campanhas eleitorais e, por isso, as investigações podem respingar sobre Reginaldo Lopes, que atuou na campanha petista ao governo de Minas.
Repúdio

Após a Câmara dos Deputados aprovar mudanças na Medida Provisória (MP) 696/2015, que altera direitos da comunidade LGBT, o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos divulgou uma nota de repúdio. Por 188 votos a 166, o parlamento retirou um trecho do texto-base da MP que previa a “incorporação da perspectiva de gênero” na promoção de políticas de igualdade. Deputados da bancada evangélica argumentaram que o conteúdo original da MP feria a família tradicional brasileira. O ministério defendeu que “a perspectiva de gênero se sustenta na busca pela equidade entre mulheres e homens, compromisso do Estado brasileiro, e reafirma a fundamental importância da manutenção da expressão em suas atribuições”.
FOTO: FABIO ARANTES/ SECOM PREFEITURA DE SP
01
 
Na mira. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, visitou nesta sexta o Hospital Municipal de M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista, que ganhou quatro novas salas cirúrgicas. Também nesta sexta, Haddad viu o Ministério Público do Estado requerer à Justiça, em ação civil, a sua condenação por suposta improbidade administrativa na contratação da Jofege Pavimentação e Construção Ltda. para ampliação da malha cicloviária da cidade de São Paulo, com a criação de cerca de 400 quilômetros de vias especiais. A Promotoria pede também a condenação do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e outros dois servidores da administração.
R$ 1,1 mi É o valor que o Supremo Tribunal Federal reservou para a contratação de uma empresa que irá dar apoio administrativo na área de eventos.
Deixa comigo

O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), pediu para que a coletiva de imprensa marcada para nesta sexta, que iria tratar do contingenciamento do orçamento do Estado, fosse adiada. A reunião iria ser presidida pelo secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães. Mas como Pimentel tinha um compromisso marcado em Ubá, na Zona da Mata mineira – o governador entregou 134 veículos para a área de saúde de 87 prefeituras –, ele pediu que a coletiva fosse prontamente remarcada para segunda. Ele quer participar do importante pronunciamento.
O alvo

O deputado Sargento Rodrigues (PDT) é tido, no Palácio das Mangabeiras, como a força a ser derrubada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo fontes próximas ao governador Fernando Pimentel (PT), ultimamente Rodrigues vem ganhando muito destaque com a mobilização dos servidores públicos. Além disso, ele assume o papel de líder da oposição na Casa Legislativa. As fontes também confidenciam que há temor de que ele passa o discurso de “tolerância zero”, que provavelmente ele levará para a corrida eleitoral à Prefeitura de Belo Horizonte, embolando a disputa.
O TEMPO