quarta-feira, 4 de maio de 2016

Jaguariaíva está entre os quatro municípios da região que trocaram de prefeito durante atual gestão

Folha extra
Jaguariaíva, Japira, Joaquim Távora e Jundiaí do Sul. Mais do que a letra inicial, este quatro municípios têm em comum o fato de que os prefeitos eleitos em 2012 não terminaram seus mandatos, por motivos distintos.
O último dos municípios da região a viver este processo foi Japira, que na semana passada viu o então prefeito, Wilson Ronaldo Rony dos Santos (PSDB), ser cassado e o vice, José Claudio de Oliveira Santos, o Capotão (SDD), tomar posse.
O processo de transição em casos de interrupção de um mandato é sempre complexo, e os municípios precisam se adaptar, além da exigência de uma “eficiência a mais” dos novos gestores, que têm menos tempo para gerir e em dois destes casos enfrentam problemas com a herança deixada pelos seus antecessores.
JAGUARIAÍVA
Entre os locais citados, sem dúvida o mais traumático é o caso de Jaguariaíva. Não pela situação do município, pelo contrário, já que a prefeitura é a que vive melhor situação financeira na região, mas pela forma como houve a troca.
O prefeito reeleito em 2012 para o cargo, Otélio Renato Baroni (PT), faleceu em setembro de 2013 vítima de um câncer na próstata. Cabeça de uma gestão muito elogiada e fatalmente dono de uma popularidade proporcional, o prefeito foi velado sob forte comoção e milhares de pessoas compareceram para prestar a última homenagem ao político.
Felizmente, para desenvolvimento do município em si, o trauma ficou no âmbito sentimental mas trouxe alguns reflexos no lado administrativo, já que o então vice-prefeito, José Sloboda (PHS), assumiu e tem desempenhado questionável pela população, uma gestão, tentando  dar continuidade aos projetos implantados pelo seu antecessor, mas a população cobra do atual prefeito firmeza em sua administração.
 JAPIRA
O mais recente dos casos de trocas de prefeito também é o mais grave. Eleito para seu quarto mandato como prefeito de Japira, Rony foi réu de um processo que investigava desvio de dinheiro público e acabou considerado culpado após 10 anos de trâmite na justiça.
Como pena o prefeito teve seus direitos políticos cassados, além de ter que devolver o valor apontado pelo Ministério Público como desviado para o município.
O vice, que é irmão de Rony (embora estejam rompidos politicamente), terá um desafio enorme pela frente. A prefeitura tem dívidas que segundo estimativas passam da casa de R$ 1,5 milhão e o município sofre com problemas em vários pontos da administração pública.
 JOAQUIM TÁVORA
O caso em Joaquim Távora é diferente dos municípios aqui citados. O prefeito eleito em 2012, Willian Walter Ovçar, o Vatão (PSC) teve o registro da sua candidatura negado mesmo após vencer as eleições, porém antes de sequer tomar posse no cargo.
Assim uma nova eleição foi convocada para abril de 2013, e por quatro meses o município foi governado pelo presidente da câmara à época. Ali os tavorenses voltaram para as urnas e elegeram Gelson Mansur Nassar (PSDB) para gerir o município até o fim deste ano.
 JUNDIAÍ DO SUL
Outro eleito em eleições suplementares é o atual prefeito de Jundiaí do Sul, Sebastião Egídio Leite, o Tião Dias (PT), que assumiu a prefeitura em 1º de janeiro de 2015 após vencer o pleito três semanas antes.
A nova disputa aconteceu após o prefeito eleito em 2012, Jair Sanches (PR), ser cassado menos de um ano depois de tomar posse acusado de abuso de poder econômico durante as eleições. Neste meio tempo o município também foi administrado pelo então presidente da câmara.


LUCAS ALEIXO