segunda-feira, 2 de maio de 2016

Vereador Oliveira da Ambulância tem mandato cassado em Colombo

Parlamentar do PTB enfrentou o terceiro processo de cassação.
Ele foi acusado de quebra de decoro ao ser preso suspeito de estelionato.

Samuel NunesDo G1 PR(Foto: Reprodução/RPC)

Os vereadores de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiram cassar nesta segunda-feira (2), o mandato do parlamentar Oliveira da Ambulância (PTB). Ele foi acusado por quebra de decoro parlamentar, por ter sido preso em outubro de 2015, por suspeita de estelionato.
A sessão começou por volta das 16h e terminou antes das 18h. Oliveira da Ambulância não compareceu à Câmara de Vereadores. A advogada que o representava abriu mão de fazer a defesa do parlamentar. Ele nega as acusações.
Dos 19 vereadores presentes, 18 votaram a favor da cassação do mandato do parlamentar. A votação foi secreta. Com a cassação, o parlamentar perde o mandato e fica inelegível pelos próximos oito anos.
Oliveira da Ambulância estava no terceiro mandato como vereador de Colombo. Nesse período, enfrentou outros dois processos de cassação, mas não chegou a perder o mandato.

Outro lado
Em entrevista, Oliveira da Ambulância disse que o processo contra ele foi armação política. Segundo o vereador cassado, ele faltou à sessão por ter horário marcado com o médico. "Eu não pude comparecer porque estava em médico, foi um julgamento pelas costas", afirmou.

O vereador disse ainda que vai recorrer na Justiça contra a decisão da Câmara. Ele afirma que vai entrar com um mandado de segurança, por considerar que o processo contra ele foi irregular.

A prisão
Em outubro de 2015, Oliveira da Ambulância foi detido em flagrante pela Polícia Civil. Segundo as investigações, ele havia tentado trocar cheques fraudados com um comerciante de Curitiba. Era a segunda vez que ele tentava fazer a transação com o mesmo comerciante.

Na primeira, os cheques haviam sido recusados pelo banco, devido à origem ilícita. O comerciante devolveu os cheques dessa primeira transação para o vereador.
O vereador disse que apresentou ao Conselho de Ética da Câmara um requerimento do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pedia o arquivamento da denúncia sobre estelionato. Segundo os promotores, não haveria provas do crime.

Outros processos
Em 2007, o primeiro processo de cassação contra ele surgiu quando foi acusado de acorrentar e espancar o enteado, então com nove anos.

Em 2011, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) o acusou de ficar com parte dos salários de assessores da Câmara, quando também foi preso. Em ambos os casos ele foi absolvido pelos vereadores.