Parlamentar do PTB enfrentou o terceiro processo de cassação.
Ele foi acusado de quebra de decoro ao ser preso suspeito de estelionato.
Samuel NunesDo G1 PR(Foto: Reprodução/RPC)
Os vereadores de
Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiram cassar nesta
segunda-feira (2), o mandato do parlamentar Oliveira da Ambulância (PTB). Ele
foi acusado por quebra de decoro parlamentar, por ter sido preso em outubro de
2015, por suspeita de estelionato.
A sessão
começou por volta das 16h e terminou antes das 18h. Oliveira da Ambulância não
compareceu à Câmara de Vereadores. A advogada que o representava abriu mão de
fazer a defesa do parlamentar. Ele nega as acusações.
Dos 19
vereadores presentes, 18 votaram a favor da cassação do mandato do parlamentar.
A votação foi secreta. Com a cassação, o parlamentar perde o mandato e fica
inelegível pelos próximos oito anos.
Oliveira da Ambulância
estava no terceiro mandato como vereador de Colombo. Nesse período, enfrentou
outros dois processos de cassação, mas não chegou a perder o mandato.
Outro lado
Em entrevista,
Oliveira da Ambulância disse que o processo contra ele foi armação política.
Segundo o vereador cassado, ele faltou à sessão por ter horário marcado com o
médico. "Eu não pude comparecer porque estava em médico, foi um julgamento
pelas costas", afirmou.
O vereador
disse ainda que vai recorrer na Justiça contra a decisão da Câmara. Ele afirma
que vai entrar com um mandado de segurança, por considerar que o processo
contra ele foi irregular.
A prisão
Em outubro de 2015, Oliveira da Ambulância foi detido em flagrante pela Polícia
Civil. Segundo as investigações, ele havia tentado trocar cheques fraudados com
um comerciante de Curitiba. Era a segunda vez que ele tentava fazer a transação
com o mesmo comerciante.
Na
primeira, os cheques haviam sido recusados pelo banco, devido à origem ilícita.
O comerciante devolveu os cheques dessa primeira transação para o vereador.
O vereador
disse que apresentou ao Conselho de Ética da Câmara um requerimento do
Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pedia o arquivamento da denúncia
sobre estelionato. Segundo os promotores, não haveria provas do crime.
Outros processos
Em 2007, o primeiro processo de cassação contra ele surgiu quando foi acusado
de acorrentar e espancar o enteado, então com nove anos.
Em 2011, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) o acusou
de ficar com parte dos salários de assessores da Câmara, quando também foi
preso. Em ambos os casos ele foi absolvido pelos vereadores.