segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Bancários entram em greve a partir do dia 6 em todo o país

O Sindicato dos Bancários informou ontem que a categoria entrará em greve a partir de terça-feira por prazo indeterminado. A decisão, porém, não é apenas local e a paralisação deve se espalhar por todo o país. Os bancários pedem reajuste salarial de 5% mais a reposição da inflação de 9,57%. No entanto, os bancos ofereceram aumento de 6,5% para o salário e outros benefícios, além de pagamento de abono de R$ 3 mil.
A greve na região foi definida em assembleia realizada na noite de ontem pelos bancários, anunciou o presidente do Sindicato para Marília e região, Geofredo Borges da Rocha. “Tanto Marília quanto Ourinhos seguem o movimento nacional e, caso não ocorra nenhuma novidade, a greve começa terça”, disse. “Recomendamos à população que procure as agências na segunda-feira caso tenha alguma pendência a ser resolvida”, sugeriu. 
Na noite de quinta-feira, os bancários de diversos estados já haviam recusado em assembleia a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e decidido entrar em greve nacional a partir do dia 6. A informação inicial foi divulgada nos sites da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e da Contec (Conderação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito).
A proposta da Fenaban foi apresentada no dia 29 e oferece aos bancários reajuste de 6,5% no salário e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil, além de PLR (participação nos lucros e resultados). Segundo a Contraf, a proposta da entidade patronal não cobre a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para a categoria.
A Contraf pede, entre outras reivindicações, reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização.
Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Tocantins, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Marília, Campinas, Bauru, Angra dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).
A Fenaban, em seu site, disse que a proposta enviada aos bancários “mostra o empenho dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de garantir a satisfação e o bem-estar dos empregados do setor em um momento de dificuldades e incertezas na economia brasileira”.
Já a federação dos trabalhadores diz, também em seu site, que “o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano”. 
(Com Agência Brasil) 

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