terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Famílias de jornalistas mortos em acidente de avião decidem processar Chapecoense

Acabou o clima de confraternização entre Imprensa e o time da Chape. Sete famílias de jornalistas contrataram advogados para processar o clube
Acabou a lua de mel entre a Imprensa e o time da Chapecoense. O clima de confraternização, que parecia não ter fim, durou menos do que se pensava. O clube será processado por sete famílias de jornalistas que morreram na queda do avião da Lamia. O advogado de parte das famílias, João Tancredo, diz que, embora não tenha culpa pela tragédia, o time não pode se eximir de suas responsabilidades.
“A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, teria que deixá-lo em seu destino”, afirma João Tancredo. Ele representa as famílias do produtor Guilherme van der Lars e o jornalista Guilherme Marques, da TV Globo.
João Tancredo vai estudar o contrato da Chape com a Lamia. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória”, sublinha o advogado.
A Chapecoense contesta o advogado João Tancredo. Luiz Antônio Palaoro, vice-diretor jurídico da Chape, sugere que, no lugar de processar o clube, as famílias devem acionar “os responsáveis pelo acidente”. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar em seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano. O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mass ninguém foi obrigado a entrar no voo. As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso”, aposta Luiz Antônio Palaoro.
A diretoria do clube vai se reunir com uma seguradora, na Bolívia, para discutir a respeito das indenizações. A empresa está examinando a documentação remetida pela Chape.

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