quarta-feira, 22 de março de 2017

Suposto envolvimento da Princesa do Norte na Lava Jato viraliza na internet

O suposto envolvimento da empresa Princesa do Norte no pagamento de propina ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – preso na Operação Lava Jato –, conforme matéria publicada pela Folha de São Paulo em sua edição do dia 19 de outubro do ano passado, viralizou nas redes sociais no último fim de semana. A informação foi um dos assuntos mais comentados na internet, em Santo Antônio da Platina e região. 

"E a Lava Jato chega a SAP, temos uma empresa nos noticiários!", publicou uma internauta em sua timeline na manhã de domingo. Em poucos minutos, o post abriu uma série de questionamentos que revelou o nome da empresa supostamente envolvida na denúncia deixando todos surpresos com a informação.

De acordo com a reportagem publicada pela Folha de São Paulo, a Princesa do Norte, outra empresa de transportes e uma agência de publicidade pagaram cerca de R$ 3 milhões a duas empresas ligadas a Eduardo Cunha. Para os procuradores da força-tarefa da Lava Jato trata-se de propina, pois na interpretação deles Cunha não teria prestado nenhum serviço “compatível com os valores depositados”. 

Conforme as investigações, os pagamentos foram realizados entre 2012 e 2015 e tinham como objetivo isentar as empresas de ônibus de pagar um imposto sobre combustível de nome Cide. Segundo os procuradores, em março de 2015, Eduardo Cunha criou uma comissão na Câmara dos Deputados, na qual presidia para beneficiar as empresas de transporte. 

O relato sobre os pagamentos foi citado no pedido de prisão do ex-deputado pelo Ministério Público, porém, não foi mencionado pelo juiz federal Sérgio Moro em seu decreto de prisão.

STF

Ainda de acordo com a reportagem, um relatório apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), revela que a Princesa do Norte e outra empresa de ônibus teriam pagado R$ 495,5 mil para a empresa de Lúcio Bologna Funaro, descrito pela força-tarefa da Lava Jato como “operador de propinas de Eduardo Cunha”. 

Outro lado

Por meio de sua assessoria de imprensa à época, o Grupo Comporte – dono da Princesa do Norte e de outras empresas de ônibus – afirmou que “sobre os repasses citados, as empresas seguem colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos”.

Na manhã desta segunda-feira, 20, a reportagem entrou em contato com o Departamento Jurídico da Princesa do Norte, em Santo Antônio da Platina, que informou desconhecer a denúncia. O advogado Sebastião Garcia Neto, no entanto, disse que iria se inteirar sobre o caso e posteriormente retornaria o contato.

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