terça-feira, 20 de junho de 2017

Após protesto, votação de ajuste fiscal em Curitiba é adiada; manifestantes desocupam Câmara

Eles haviam ocupado o plenário da Casa durante a manhã, em protesto contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN).

Os servidores municipais que ocupavam o plenário da Câmara de Curitiba, em protesto contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN), deixaram o local por volta das 17h desta terça-feira (20).
A saída ocorreu depois que, em assembleia, os manifestantes decidiram suspender a greve que começou em 12 de junho até a próxima semana, quando os projetos de lei devem ir à votação. Eles voltam ao trabalho na quarta-feira (21).
Durante a manhã, servidores invadiram a Câmara e houve confusão com a Polícia Militar (PM). Quatro manifestantes se feriram, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Além disso, uma pessoa foi presa.
Dos feridos, três foram atendidos no local e um foi encaminhado ao hospital com ferimentos moderados. Policiais usam cacetetes e spray de pimenta para conter manifestantes.
Os projetos tramitam em regime de urgência e já tinham sido colocados em pauta no dia 13 de junho, mas a sessão também foi suspensa após os servidores ocuparem o prédio do Legislativo. Nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Serginho do Posto, também suspendeu a votação em razão da confusão.


Veja quais são as propostas que tramitam em regime de urgência:
  • Criação da Lei de Responsabilidade Fiscal do município
  • Renegociação de dívidas da prefeitura com credores
  • Congelamento do plano de carreira dos servidores
  • Mudanças no sistema previdenciário municipal
  • O que diz o prefeito

    O prefeito Rafael Greca disse que a votação é necessária e que os servidores podem até ficar sem salários.
    "Eu estou buscando a responsabilidade fiscal. Eles dizem maldade minha? Maldade é a deles, que têm ódio, egoísmo e avareza, e não querem servir à população. Querem servir à sua ambição política. Se o plano não for votado até o mês de junho terminar, nós vamos começar a agir como as outras prefeituras em igual situação. Podemos, inclusive, não pagar os salários esse ano. Eu apelo aos servidores: vocês não sabem o que fazem. Estão cavando a sua própria ruína", disse Greca.

    O que diz a PM

    A Polícia Militar afirma que atuou cumprindo seu papel, "de modo absolutamente equilibrado". 
    "A Polícia Militar do Paraná atuou na preservação da ordem pública, garantindo o direito constitucional de manifestação pública do cidadão, coletiva e pacífica. Sendo assim, a Polícia Militar adotou todas as providências necessárias com vistas a preservar a ordem pública, em conjunto com o Poder Judiciário e Ministério Público. Neste contexto e dentro do processo democrático, uma negociação mediada pela PM, em parceria com a Câmara Municipal, resultou na liberação do plenário às 17h desta terça-feira (20/06) pacificamente.
    A PM iniciou os trabalhos no final da madrugada desta terça-feira (20/06). No entanto, por volta das 10h, houve a invasão da Câmara Municipal, quando um grupo derrubou as grades e adentrou o plenário. Neste momento, vários policiais militares, na tentativa de conter a invasão, foram agredidos de diversas formas.
    Um Guarda Municipal à paisana foi detido e encaminhado ao 1º Distrito Policial (1º DP), onde assinou um Termo Circunstanciado (TC). Ainda durante a confusão, outro Guarda Municipal e mais três manifestantes ficaram feridos e foram atendidos pelos bombeiros militares.
    A Polícia Militar atuou cumprindo o seu papel de preservação da ordem pública e garantia do exercício dos poderes constituídos, no caso o Legislativo municipal, de modo absolutamente equilibrado com razoabilidade, preservando vidas e respeitando a dignidade da pessoa humana.
    A Polícia Militar do Paraná reforça que respeita o direito do cidadão à manifestação pacífica, no entanto salienta que não são toleradas condutas de desordem, agressão, depredação do patrimônio público e privado, dentre outras situações correlatas."
  • Veja a íntegra da nota:

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