segunda-feira, 5 de junho de 2017

Rodrigo Rocha Loures e seu mentor, o mal agradecido Requião

Enquanto o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures passa por situação constrangedora na cadeia, em Brasília, onde deverá ser transferido para a Penitenciária da Papuda, o seu partido no Paraná, o PMDB, quer depositar sobre seus ombros toda a corrupção em que o partido está envolvido. É como se Rodriguinho fosse o único culpado por todas as safadezas cometidas pelo PMDB do presidente Michel Temer, dos senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e de outros do mesmo calibre.
Rodriguinho cometeu um erro e terá que pagar por isso. Foi, no mínimo, ingênuo ao aceitar pegar uma mala de dinheiro em uma pizzaria e das mãos dos maiores bandidos do país, os donos da JBS. Rodriguinho foi ganancioso e a serviço de seu chefe, provavelmente o presidente Temer. Ele já começou a pagar pelo seu erro.
Segundo seu advogado, tão logo chegou à carceragem da Polícia Federal, Rodriguinho escreveu uma carta para sua esposa, grávida de oito meses e pediu para que ela focasse no bebê, no quarto do bebê. Também teria pedido aos pais para não visitá-lo justamente para não expor a família.
Numa atitude nada elegante, antiética e até canalha, o senador Roberto Requião, querendo chamar os holofotes para si, fez piadas e pediu a expulsão de Rodriguinho do PMDB, durante encontro do partido em Curitiba onde, também, se lançou candidato ao governo do Estado ou à Presidência da República. Tanto faz.
Requião, para quem não sabe, foi o maior beneficiado na campanha para o governo do Estado justamente pelo pai do Rodriguinho, o então presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures. Como recompensa, o governador eleito convidou o jovem Rodriguinho para ser seu chefe de gabinete no Palácio Iguaçu e, depois, o elegeu deputado federal.
Agora, Requião, para aproveitar o pouco espaço que a mídia lhe reserva talvez por falta de responsabilidade ou de propostas ao país com o senador da República, achincalha a família Rocha Loures, ou seja, chuta cachorro morto. Deveria, pelo menos, ficar em silêncio, como fica nos casos de Lula e Dilma, que sempre apoiou e que em no momento da desgraça, saiu de fininho.

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