Na
corrida ao Palácio Iguaçu, o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) sai na
frente. Deixa a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado, mas
não descola do governador Beto Richa (PSDB), o qual quer como aliado e até com
indicação de vice na chapa. Não há quem tire da cabeça do “moleque” a pretensão
de governar o Estado. Nem mesmo o seu pai, o comunicador Carlos Massa
(Ratinho), que gostaria de ver o filho no Senado Federal conseguiu demovê-lo da
ideia. Nem mesmo conseguiu fazer com que deixasse o apelido de “Ratinho Júnior”
já que um batalhão de pessoas acreditam que o paranaense não vota em “rato” ou
apelido do gênero. Júnior tem personalidade própria.
Ratinho
Júnior está na estrada há muito tempo trilhando os caminhos do Palácio Iguaçu.
Na Sedu, espalhou obras para os quatro cantos do Estado e, em nenhum momento,
deixou de creditar as ações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano ao
governador Beto Richa. Não traiu, pelo contrário, foi fiél até o último minuto,
mesmo sabendo que Richa teria compromissos com a vice-governador Cida Borghetti
(PP), esposa do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que também está em campanha
pelo Estado, embora não tenha se desvinculado do Palácio Iguaçu. Corre ainda em
busca de apoio de Richa, o ex-senador Osmar Dias (PDT), também pré-candidato ao
Governo do Estado, observado de perto pelo irmão senador e candidato à
Presidência da República, Alvaro Dias (Podemos).
Em
entrevista na tarde desta terça-feira, Ratinho Júnior disse que terminou seu
ciclo na Sedu e que embora tenha saído do governo em meio à crise, todas as
denúncias relativas à administração pública devem ser investigada. O deputado
se referia à Operação Quadro Negro que, literalmente, emparedou o governador
Beto Richa. Sobre as votações na Assembleia Legislativa onde alguns deputados
do seu partido não votaram com o governo, lembrou que sempre houve liberdade
nesta questão e que ninguém era obrigado a fazer o que não desejasse.
Ratinho
Júnior adiantou que está preparando uma agenda política com vistas à sua
campanha ao Governo do Estado e que a política deve ser repensada. “Nós podemos
ser uma esperança”, observou, citando um de seus projetos futuros: o de
resíduos sólidos. Mais uma vez o candidato ao Palácio Iguaçu reiterou seu
desejo de ter apoio não apenas do governador Beto Richa, mas de todas as pessoas
e disse entender que muitos desses apoios dependem de um plano maior, ou seja,
Brasília.
Em
relação a um nome para vice, Ratinho Júnior observou que ainda é muito cedo e
lembrou que a legislação eleitoral não está definida. Ao responder uma pergunta
sobre a também candidata palaciana, Cida Borghetti, disse que “todos tem o
direito de elaborar seu plano de governo e que as decisões sobre coligações
serão levadas adiante somente com a definição dos deputados federais sobre a
nova lei eleitoral”. Ratinho Júnior afirmou que não vai se licenciar da
Assembleia Legislativa para disputar o Palácio Iguaçu. “Vou até o fim”. Hoje
mesmo ele participou da sessão.
O
candidato ao Governo do Estado lembrou que durante sua carreira como deputado
estadual e federal buscou construir um projeto pensando no Estado e não m
castas. Sobre assinaturas que faltam para a instalação de uma CPI para
investigar denúncias contra Richa, disse que faltando oito meses para o início
de uma eleição isto se torna bravata. “É melhor que a polícia, o Ministério
Público e o judiciário façam o seu trabalho”.
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