terça-feira, 25 de julho de 2017

Vítimas de acidente em Japira são sepultadas em Figueira

Os corpos do fotógrafo Saulo Azevedo de Oliveira, 42, e dos adolescentes Deivid da Silva de Paula, 16, e David Junior Vaz, 15, vítimas de um grave acidente automobilístico ocorrido na tarde de domingo (23), no quilômetro 79 da PR-272, no trecho entre Pinhalão e Japira  foram sepultados no fim da tarde de segunda-feira (24), no Cemitério Municipal de Figueira. O trio viajava em um Fiat Prêmio, que foi atingido frontalmente por uma caminhonete Mitsubishi L200 Triton dirigida por Alcides Roberto França de Lima, 42, que segundo testemunhas estaria embriagado e teria invadido a pista contrária.
Conforme apurou a reportagem, Oliveira prestava serviços a um jornal de Ibaiti e seguia para Pinhalão, onde faria a cobertura da Festa de Peão de Boiadeiro promovida na cidade durante o fim de semana. Os dois adolescentes seriam amigos do fotógrafo, e estariam de carona no veículo.
Por volta das 15 horas, segundo o Bombeiro Comunitário de Ibaiti, próximo à Vila Rural, em Japira, a caminhonete conduzida por Lima invadiu a pista contrária e bateu de frente com o carro das vítimas. Oliveira e o adolescente Deivid de Paula morreram na hora, o passageiro David Vaz faleceu a caminho do hospital.
O motorista da caminhonete foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Ibaiti, onde recebeu atendimento médico e ainda permanece em observação, porém, sem risco de morte.
O delegado Pedro Dini Neto, que preside as investigações sobre o acidente, informou que já começou a ouvir as testemunhas na segunda-feira, mas que ainda é cedo para conclusões. O titular da 37ª Delegacia Regional de Ibaiti disse que o motorista da caminhonete recusou-sea fazer o teste do etilômetro, porém há indícios de que ele dirigia embriagado. “Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. No entanto, apesar dele (Alcides Lima) não ter aceitado fazer o teste do bafômetro existem outros elementos que sugerem a embriaguez ao volante, e tudo será devidamente investigado”, pondera Dini Neto.
Ainda de acordo com o delegado, nesta terça-feira (25) os dois veículos serão periciados por agentes do Instituto de Criminalística (IC) de Londrina para saber qual a velocidade desenvolvida por cada umdos automóveis no momento da batida, além de outras avaliações importantes para concluir as investigações. Pedro Dini salienta que a colaboração de testemunhas é fundamental, e orienta que as informações podem ser repassadas de forma anônima na Delegacia de Ibaiti.
Alcides Roberto França de Lima, que em 2016 foi indiciado por posse irregular de arma de fogo, pode responder pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e embriaguez ao volante (caso seja comprovada a acusação).Entretanto, conforme o delegado, se ficar comprovado que o motorista assumiu o risco de matar ele será indiciado por homicídio doloso, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Comoção
A notícia da morte do fotógrafo Saulo de Oliveira e dos adolescentes Deivid de Paula e David Vaz chocou os moradores de Figueira, onde as vítimas moravam, e toda a região. Nas redes sociais, amigos – e até mesmo pessoas que sequer conheciam as vítimas – lamentam a tragédia e cobram por Justiça.
Durante a manhã e tarde de segunda-feira, uma multidão passou pelo velório na Casa da Cultura de Figueira, e às 16 horas acompanharam o cortejo até o Cemitério Municipal, onde os corpos foram sepultados.
Escapei por pouco
Na tarde de segunda-feira 25, o jornalista Júnior Queiroz disse ter escapado por pouco da colisão frontal que vitimou o fotógrafo Saulo de Oliveira e os dois adolescentes que o acompanhavam. “A caminhonete invadiu a minha pista, e só não bateu de frente com o meu carro porque eu desviei para o acostamento. Infelizmente, o motorista que vinha logo atrás de mim não teve tempo de fazer o mesmo e todos que estavam no carro acabaram morrendo”, lamenta Queiroz acrescentando. “Dei sinal de luz ao motorista, quando de longe percebi a caminhonete fazendo zigue-zague na pista, mas acho que ele já estava dormindo. Quando desci para ajudar no socorro às vítimas, eu percebi que havia várias latas de cerveja espalhadas no chão da caminhonete, o que sugere, lamentavelmente,que o condutor pudesse estar dirigindo embriagado”, avalia.



Por Tribuna do Vale

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