Mais não será em Jaguariaíva
O novo frigorífico da Frimesa, será construído em Assis Chateaubriand, deve aumentar a produção de suínos no Paraná. O frigorífico, que poderá abater até 15 mil cabeças de suínos por dia até 2030, será o maior da América Latina – com área construída de 141 mil metros quadrados.
O novo frigorífico da Frimesa, será construído em Assis Chateaubriand, deve aumentar a produção de suínos no Paraná. O frigorífico, que poderá abater até 15 mil cabeças de suínos por dia até 2030, será o maior da América Latina – com área construída de 141 mil metros quadrados.
A solenidade de lançamento da pedra
fundamental do empreendimento acontece nesta quinta-feira (19).
Hoje, o Paraná já tem o maior
rebanho, com 7,13 milhões de cabeças, de acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município de Toledo lidera o
ranking nacional, com 1,18 milhão de cabeças.
Na produção de carne, o Paraná está
em segundo lugar, com 21% de participação, atrás apenas de Santa Catarina
(26%). A expectativa é a de que, como o novo projeto, o estado passe a ser
também o maior produtor.
Atualmente o setor envolve 135 mil
produtores no estado e gera cerca de 200 mil empregos diretos, de acordo com
números do Departamento de Economia Rural (Deral) ligado à Secretaria da
Agricultura (Seab).
A atividade movimentou, no ano
passado, R$ 4,7 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP), 6,1% mais do que em
2015.
Frigorífico
“O Paraná vem aumentando sua
participação na cadeia de suínos ano a ano e deve dar um novo salto nos
próximos. Com isso ele deve rapidamente ultrapassar Santa Catarina”, diz Julio
Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico Social (Ipardes), ligado à Secretaria de Planejamento e Coordenação
Geral.
Entre 2010 e 2016, o número de
cabeças de suínos aumentou 39,9% no estado. No fim de 2010, o Paraná detinha o
terceiro maior rebanho do país, com 5,1 milhões de cabeças (13,1% do total).
Em 2014, passou para primeiro lugar,
com 6,39 milhões de cabeças (16,9%) e no ano passado aumentou sua participação
para 17,8%, ou 7,13 milhões de cabeças.
Cooperativas
A exemplo do que ocorreu com a
produção de frangos – setor em que o Paraná já é líder nacional – a cadeia
integrada, a forte presença das cooperativas e a produção de grãos vêm ajudando
a impulsionar a produção de suínos.
“De um lado há o pequeno produtor,
tecnificado, que facilita o sistema de integração com os frigoríficos; de outro
há o forte sistema cooperativista paranaense e a produção de milho e soja, que
serve de insumos para a criação. Esse ambiente vem facilitando o
desenvolvimento da atividade no Estado”, diz Suzuki Júnior.
Maiores produtores
O Paraná tem cinco municípios entre
os 20 maiores criadores de suínos – além de Toledo, na primeira colocação, o
estado tem Marechal Cândido Rondon (4ª), Nova Santa Rosa (12ª), Entre Rios do
Oeste (16ª) e Castro (18ª) na lista.
O volume de abates entre 2010 e 2016
cresceu 46,3%, de 531,5 mil toneladas (para 777,7 mil toneladas). No primeiro
semestre de 2017 foram 394,3 mil toneladas, 21% do total no Brasil.
A carne suína é a mais consumida no
mundo e boa parte da produção tem como destino as exportações, de acordo com
Edmar Gervásio, técnico responsável pela área no Deral. Em 2016, as exportações
somaram 93,75 mil toneladas, 45,5% mais do que as 64,45 mil toneladas
registradas no ano anterior.
Em valor, a alta foi de 33,2%, de US$
147,8 milhões para US$ 196,9 milhões. Hong Kong é destino de quase metade das
exportações de suínos do Paraná, seguida pelo Uruguai, Argentina e Cingapura.
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