Uma professora também morreu; a polícia encontrou galões com combustível na casa do vigia que ateou fogo às crianças e diz que o ataque foi planejado
Subiu para
seis o número de crianças mortas após um vigia atear fogo nelas e, em
seguida, em seu próprio corpo. O caso aconteceu na manhã desta
quinta-feira (5) na cidade de Janaúba, norte de Minas Gerais (560 km de Belo
Horizonte). As duas últimas mortes ocorreram à noite, quando as vítimas estavam
sendo transferidas de Montes Claros, maior cidade da região, a 136 km de
Janaúba -, para o Hospital João 23, em Belo Horizonte.
Além das crianças, uma professora também morreu. Segundo Corpo de
Bombeiros de Janaúba, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, o vigia da escola
que colocou fogo nas crianças, foi encaminhado ao hospital com queimaduras
graves em todo o corpo e morreu pela tarde. Há ainda pelo menos 16 feridos
com queimaduras graves, todos internados em hospitais da capital mineira,
segundo informações da Fundação Hospitalar de Janaúba. Segundo o Instituto
Médico Legal (IML), as crianças mortas tinham quatro anos de idade.
A Polícia
Civil de Minas Gerais disse que o ataque do vigia ao Centro Municipal de
Educação Infantil Gente Inocente, foi planejado, com a preparação de material
inflamável e até a escolha da data.
Buscas feitas pela polícia na casa dele encontraram
galões com combustível, mesmo material que foi levado por ele em um recipiente
escondido dentro de uma mochila que portava ao entrar na creche. O dia
escolhido, ainda segundo a polícia, também foi simbólico: três anos da morte do
pai dele, um trauma que nunca teria sido superado.
O porteiro
da escola teria problemas mentais, segundo a polícia. Cerca de 50 alunos
estavam no recreio no momento do ataque.
Em nota, o governo estadual diz que o governador
Fernando Pimentel (PT), “tão logo tomou ciência da tragédia (…) determinou de
imediato a mobilização de todas as forças de saúde pública e de segurança do
estado – Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil – nas
operações de resgate e salvamento”.
De acordo com o governo, um posto de comando
emergencial foi instalado no local para “alinhar todos os esforços dos órgãos
públicos envolvidos”. O governador decretou luto oficial de três dias e deve
chegar ao local na tarde desta quinta-feira.
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